|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CASO JERSEY
Profissional deveria requerer documentos de Maluf
Prefeitura é investigada por não ter contratado advogado na ilha
DA REPORTAGEM LOCAL
O promotor Silvio Antonio
Marques, da Promotoria de Justiça da Cidadania, instaurou inquérito civil para apurar se o fato de a
Prefeitura de São Paulo não ter
contratado advogado em Jersey
representa ou não ato de improbidade administrativa.
Há quase um ano, o governo da
ilha enviou um ofício ao Ministério da Justiça brasileiro no qual
pede que a prefeitura contrate um
advogado em Jersey para expor as
razões pelas quais documentação
bancária do ex-prefeito Paulo
Maluf (PP) deve ser enviada ao
Brasil. Até agora, isso não foi feito.
Em junho de 2001, a Folha revelou que as autoridades de Jersey,
um paraíso fiscal no canal da
Mancha, haviam bloqueado pelo
menos US$ 200 milhões lá depositados em nome de Maluf e de familiares dele. Maluf sempre negou ter conta no exterior.
Há dois anos e meio o Ministério Público tenta obter cópias da
documentação de Maluf em Jersey. No início do ano passado, o
procurador Cyril Whelan, de Jersey, proferiu parecer favorável ao
envio da documentação ao Ministério da Justiça brasileiro. O caso
está nas mãos do procurador-geral da ilha, William Bailhache.
"Essa contratação [do advogado pela prefeitura] seria fundamental para manter o bloqueio do
dinheiro de Maluf em Jersey e para que a Justiça brasileira consiga
cópias de documentos bancários,
necessário para repatriar o dinheiro de Maluf", disse Marques.
Caso a prefeitura não contrate
advogado, o promotor disse que
poderá propor uma ação judicial
para obrigá-la a fazer isso.
Outro lado
A assessoria da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos informou que a Prefeitura de São
Paulo não iria se pronunciar antes
de ter conhecimento do teor da
portaria assinada por Marques.
Texto Anterior: Outro lado: Ex-prefeito de SP reafirma não ter conta no exterior Próximo Texto: Judiciário: Corrêa pede mais recursos para aumentar agilidade da Justiça Índice
|