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JUDICIÁRIO
Para Thomaz Bastos, nomeação de membros pelo presidente é legítima
Lula não partidariza STF, diz ministro
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, disse ontem
que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está "partidarizando" o STF (Supremo Tribunal Federal).
A afirmação é uma resposta à
oposição, que questiona se Lula
pode indicar mais ministros do
STF. Lula nomeou quatro dos 11
membros e, até o final da gestão,
deverá indicar outros três -a
vaga abre em caso de morte, de
aposentadoria ou afastamento.
O ex-ministro Tarso Genro (PT)
e o deputado Luiz Eduardo
Greenhalgh (PT) seriam alternativas do presidente.
"Não estamos partidarizando
o STF. As pessoas indicadas por
Lula têm sempre uma constante: compromisso com políticas
públicas, com a impessoalidade
e com a República", disse Bastos, que participou ontem da
posse do novo superintendente
da Polícia Federal de São Paulo,
Geraldo José de Araújo.
Araújo é o terceiro policial a
ocupar o cargo na gestão de Lula. O primeiro foi Francisco Baltazar da Silva, ex-segurança do
presidente e investigado pela PF
por envolvimento com doleiros.
Desde a saída de Baltazar, em
2005, o cargo era ocupado por
José Ivan Lobato, que goza da
confiança do diretor-geral da
PF, Paulo Lacerda, e de Bastos.
A posse de Araújo, que prometeu priorizar o combate à
corrupção e ao narcotráfico,
marca o retorno de policiais
mais operacionais ao comando
da PF. Ele foi corregedor e superintendente na PF do Pará. Em
1991, comandou uma operação
de resgate de 53 brasileiros no
Haiti. Entre 2003 e 2005, foi adido policial na Colômbia.
"Quem me conhece sabe que
não gosto de três coisas: corrupção, corrupto e corruptor", disse Araújo. Durante discurso, ele
afirmou ter ouvido que o ministro é um homem vaidoso e que
aceitou o cargo por "mera veleidade". Afirmação com a qual
não concorda.
Bastos afirmou: "Realmente,
ser ministro da Justiça é uma
coisa que fala muito à vaidade,
mas o fato é que hoje estava em
meu último dia de férias. Vim
porque participar da posse do
sr. [Araújo] é importante."
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