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"Verei se Mercosul vale a pena", diz Morales
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da oferta do Mercosul
para que, a exemplo da Venezuela, a Bolívia entre para o bloco como membro pleno, Evo Morales
disse que vai analisar "se vale a pena". Segundo ele, a redução de tarifas de importação, a base econômica do bloco, "provou ser boa
para as minorias, mas não para as
maiorias e o seu será um governo
para maiorias".
Na semana passada, o chanceler
Celso Amorim disse que a inclusão da Bolívia no bloco poderia
neutralizar as pressões e reações
contra o novo presidente. A idéia
de Amorim é "amortecer" o impacto da rejeição a Morales, que
foi eleito com 54% dos votos, mas,
como é um líder cocaleiro que milita em movimentos sociais, provoca a desconfiança dos EUA.
Segundo Amorim, a idéia de incluir a Bolívia no bloco partiu do
presidente do Uruguai, Tabaré
Vazquez. Mais cauteloso, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, disse que a
Bolívia "é bem vinda, mas que a
Argentina preferia esperar por
um pedido formal do país". O pedido não veio.
Ontem, o Planalto cedeu um
avião da FAB para levar à Bolívia
Morales, que esteve no Brasil. Ele
embarcou à tarde num Boeing
737-200 da FAB, o "Sucatinha".
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