São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 2006

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"Verei se Mercosul vale a pena", diz Morales

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da oferta do Mercosul para que, a exemplo da Venezuela, a Bolívia entre para o bloco como membro pleno, Evo Morales disse que vai analisar "se vale a pena". Segundo ele, a redução de tarifas de importação, a base econômica do bloco, "provou ser boa para as minorias, mas não para as maiorias e o seu será um governo para maiorias".
Na semana passada, o chanceler Celso Amorim disse que a inclusão da Bolívia no bloco poderia neutralizar as pressões e reações contra o novo presidente. A idéia de Amorim é "amortecer" o impacto da rejeição a Morales, que foi eleito com 54% dos votos, mas, como é um líder cocaleiro que milita em movimentos sociais, provoca a desconfiança dos EUA.
Segundo Amorim, a idéia de incluir a Bolívia no bloco partiu do presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez. Mais cauteloso, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, disse que a Bolívia "é bem vinda, mas que a Argentina preferia esperar por um pedido formal do país". O pedido não veio.
Ontem, o Planalto cedeu um avião da FAB para levar à Bolívia Morales, que esteve no Brasil. Ele embarcou à tarde num Boeing 737-200 da FAB, o "Sucatinha".


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