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MST ganha apoio de
`defensores' da Vale
ROSALI FIGUEIREDO
free-lance para a Agência Folha
O Movimento Nacional de Defesa da Vale do Rio Doce vai participar de marcha promovida pelo
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em defesa
da reforma agrária e contra a privatização da empresa.
A caminhada começa na próxima segunda-feira, em Governador
Valadares, norte de Minas Gerais,
e vai passar pelas cidades que concentram as principais atividades
da Vale no Estado, segundo Carlos
Calazans, coordenador do movimento contra a privatização e secretário do PT mineiro.
A participação na marcha foi decidida ontem após reunião entre a
coordenação do movimento, o
ex-vice-presidente e ex-ministro
das Minas e Energia Aureliano
Chaves e o brigadeiro Ivan Frota.
O brigadeiro disse que a privatização da Vale ganhou fôlego com a
eleição do senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) para a presidência do Senado, que seria favorável à venda da empresa.
Além da marcha, a reunião de
ontem decidiu convidar os ex-presidentes José Sarney e Itamar
Franco para um ato de protesto
contra a privatização da Vale em
Itabira (MG), no próximo mês.
Marcha
A caminhada dos sem-terra deverá percorrer 50 cidades em Minas. O dirigente petista Calazans
estima em 2.000 o número de participantes na marcha, que passará
por Belo Horizonte no dia 6 de
março, chegando a Brasília em 17
de abril, quando se integrará aos
representantes dos sem-terra de
outros Estados.
Ao longo da caminhada, o Movimento de Defesa da Vale irá entregar aos prefeitos do interior mineiro cópia de adesão de 65 deputados
estaduais a projeto de lei de iniciativa popular que tenta impedir a
privatização da empresa.
Segundo o integrante dos ``defensores'' da estatal, 9 dos 19 deputados estaduais do PSDB aderiram
ao projeto, além das bancadas do
PT, PTB e PFL. A proposta conta
com o apoio de 65 dos 77 membros
do Legislativo mineira.
Setor elétrico
Os consórcios liderados pelas
consultoras Maxima e Ernst &
Young ganharam a concorrência
feita pelo BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social) para os serviços de avaliação e modelagem de venda dos sistemas de geração de eletricidade
de Manaus (AM) e Boa Vista (RR).
Os dois são sistemas isolados,
pertencentes à Eletronorte. Eles
estão no programa de privatizações do governo federal. Segundo
Sebastião Bergamini, do BNDES,
se tudo correr sem problemas, as
avaliações e modelagens estarão
prontas em agosto.
Isso, teoricamente, permitiria as
privatizações ainda neste ano. O
sistema de Manaus compreende a
hidrelétrica de Balbina, três usinas
termelétricas e sistemas de transmissão e distribuição da cidade.
Em Boa Vista (RR), serão privatizadas a rede de distribuição e as
duas usinas termelétricas que
abastecem a capital de Roraima.
Colaborou a Sucursal do Rio
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