São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004

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Serra diz que o PT deve evitar bode expiatório

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O presidente nacional do PSDB, José Serra, disse ontem em Campo Grande que o PT deve investigar, sem "ficar procurando um bode expiatório", se o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República Waldomiro Diniz recebeu dinheiro do bicheiro Carlos Augusto Ramos e entregou ao comitê de Geraldo Magela, então candidato petista ao governo do Distrito Federal.
Serra definiu Waldomiro como o funcionário do governo "que cuidava do Congresso Nacional".
Ele disse que o PSDB não "tinha nenhum conhecimento sobre o assunto". Em Campo Grande, Serra participou ontem de um encontro dos pré-candidatos do partido a prefeito. Ao fazer um discurso para 400 pessoas, Serra disse que o PSDB "é um partido que não tem problemas com o passado". "Aquilo que dizemos em campanhas, nós fazemos em nosso governo", afirmou.
Ele criticou o que considera uma discriminação do governo aos Estados administrados por tucanos. Sem citar o nome, Serra disse que um governador do PSDB foi recebido 26 vezes pelo ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, e nenhuma vez, "embora tenha pedido vários [encontros]", por Antonio Palocci Filho.
Sobre o comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o PT e o PSDB poderiam fazer uma aliança no futuro, Serra disse que "esse é o lado do Lula politólogo [referência irônica a um estudioso da política]". (HUDSON CORRÊA)


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