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CARNAVAL
Deputados esticam folga até o dia 22
da Sucursal de Brasília
Os parlamentares terão o feriado
de Carnaval prolongado até o dia
22 de fevereiro, contrariando a
Constituição, que obriga a abertura dos trabalhos legislativos no dia
15 ou no primeiro dia útil seguinte.
Eles iniciaram o recesso branco já
na sexta-feira.
No Senado a folga foi maior. Desde a posse, no dia 1º de fevereiro,
não houve sessão apesar de os parlamentares estarem em período de
convocação extraordinária.
O presidente do Senado, Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), negou o pedido da oposição para realizar sessões para discutir a crise
econômica e antecipar a sabatina
do novo presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
Ele substituiu Francisco Lopes,
que foi sabatinado mas não chegou
a tomar posse.
O governo conseguiu cumprir o
calendário estabelecido pelos aliados e avançou na contagem do
prazo para a votação da emenda
que cria a CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação
Financeira).
O imposto deixou de ser cobrado
em 24 de janeiro. O governo conta
com a volta de sua cobrança, cujos
recursos fazem parte do programa
de ajuste fiscal.
Para garantir o quórum de 51 deputados para a abertura da sessão
de sexta, a Mesa da Câmara autorizou o registro de presenças a partir
das 7h.
Os deputados precisavam apenas
passar pela Câmara antes de viajar
para seus Estados, para passar o
Carnaval.
Quando não há sessões com votação marcada (deliberativa), não
há necessidade da presença do
parlamentar no plenário.
Para contar prazo para a emenda
do imposto do cheque, os líderes
governistas estabeleceram um rodízio entre os deputados que deveriam ficar em Brasília.
O esquema incluiu, principalmente, os deputados que estão em
seus primeiros mandatos.
A presença deles no plenário
chamou a atenção pelo comportamento. Eles ficaram sentados, ouvindo atentamente os discursos,
ao contrário do que ocorre normalmente nas sessões.
Os novatos aproveitaram para
conhecer o funcionamento da Câmara dos Deputados.
O deputado Pompeu de Mattos
(PDT-RS), um dos mais assíduos
nesse período, circulava no Salão
Verde para observar como agiam
deputados veteranos, por exemplo, o líder de votos em São Paulo,
o petista José Genoino.
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