São Paulo, Domingo, 14 de Fevereiro de 1999
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CARNAVAL
Deputados esticam folga até o dia 22

da Sucursal de Brasília

Os parlamentares terão o feriado de Carnaval prolongado até o dia 22 de fevereiro, contrariando a Constituição, que obriga a abertura dos trabalhos legislativos no dia 15 ou no primeiro dia útil seguinte. Eles iniciaram o recesso branco já na sexta-feira.
No Senado a folga foi maior. Desde a posse, no dia 1º de fevereiro, não houve sessão apesar de os parlamentares estarem em período de convocação extraordinária.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), negou o pedido da oposição para realizar sessões para discutir a crise econômica e antecipar a sabatina do novo presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
Ele substituiu Francisco Lopes, que foi sabatinado mas não chegou a tomar posse.
O governo conseguiu cumprir o calendário estabelecido pelos aliados e avançou na contagem do prazo para a votação da emenda que cria a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
O imposto deixou de ser cobrado em 24 de janeiro. O governo conta com a volta de sua cobrança, cujos recursos fazem parte do programa de ajuste fiscal.
Para garantir o quórum de 51 deputados para a abertura da sessão de sexta, a Mesa da Câmara autorizou o registro de presenças a partir das 7h.
Os deputados precisavam apenas passar pela Câmara antes de viajar para seus Estados, para passar o Carnaval.
Quando não há sessões com votação marcada (deliberativa), não há necessidade da presença do parlamentar no plenário.
Para contar prazo para a emenda do imposto do cheque, os líderes governistas estabeleceram um rodízio entre os deputados que deveriam ficar em Brasília.
O esquema incluiu, principalmente, os deputados que estão em seus primeiros mandatos.
A presença deles no plenário chamou a atenção pelo comportamento. Eles ficaram sentados, ouvindo atentamente os discursos, ao contrário do que ocorre normalmente nas sessões.
Os novatos aproveitaram para conhecer o funcionamento da Câmara dos Deputados.
O deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), um dos mais assíduos nesse período, circulava no Salão Verde para observar como agiam deputados veteranos, por exemplo, o líder de votos em São Paulo, o petista José Genoino.


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