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Processo permitirá defesa
da Agência Folha, em Maceió
O advogado dos oito ex-funcionários do empresário Paulo César
Farias, o PC, José Fragoso Cavalcanti, afirmou ontem que, com a
abertura da ação penal pela Justiça alagoana, seus clientes terão,
"pela primeira vez", oportunidade de se defender e mostrar que
são inocentes.
Fragoso mantém a crítica de
que os acusados foram indiciados
pela polícia e denunciados pelo
Ministério Público sem que fosse
descrita a participação de cada
um deles nos crimes.
"Descrever a conduta delitiva
de cada um dos acusados é função
da acusação. Mas quem acusa não
sabe dizer o que cada um dos
meus clientes fez de errado, pois
não querem admitir que PC foi
morto pela namorada, que se suicidou", afirmou.
Sobre a falta de detalhes de como teriam ocorrido as mortes, o
juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima afirma que há jurisprudência que garante a abertura da
ação penal mesmo sem uma definição exata de como os crimes
ocorreram.
Barros Lima cita uma decisão
do STF (Supremo Tribunal Federal) em que se diz que "o despacho que recebe a denúncia ou
queixa, embora tenha também
conteúdo decisório", não exige
fundamentação.
O advogado não quis antecipar
a linha central da defesa. Afirmou
apenas que vai "provar a inocência" dos acusados.
A única definição divulgada por
ele é a de que vai fazer a defesa de
seus clientes em bloco, o que limita o número de testemunhas de
acusação para oito.
O próprio juiz, no despacho, já
havia definido esse limite para a
promotoria. O Ministério Público
havia listado 46 pessoas como
prováveis testemunhas.
Badan
O médico-legista Fortunato Badan Palhares, que coordenou a
equipe que assinou o laudo da
morte do empresário Paulo César
Farias e de sua namorada Suzana
Marcolino, não foi localizado ontem para comentar os erros apontados pelo juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima.
Os advogados do médico-legista Fortunato Badan Palhares também não foram localizados.
Um dos advogados de Badan
Palhares, Nivaldo Dóro, contesta
as acusações de que foram cometidos erros primários na elaboração do laudo.
(AC)
Colaborou a Folha Campinas
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