São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2001

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SÃO PAULO

Cerca de 5.000 pessoas estiveram na cerimônia

D. Cláudio pede ética na política em missa de sétimo dia de Covas

DA REPORTAGEM LOCAL

A exortação de ética na política e de justiça social marcou a missa de sétimo dia do governador Mário Covas. A cerimônia se realizou ontem à noite, no ginásio do Ibirapuera (zona sul). Foi presidida pelo cardeal arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes, e concelebrada por seis bispos.
"Fala-se muito de ética. Sobretudo se cobra ética dos outros, mas muitas vezes ela não passa de um discurso. Realmente, praticar uma política ética é o grande desafio", afirmou o cardeal durante seu sermão.
A pregação teve por mote uma frase de Covas: "A verdade será sempre minha arma política. Asseguro, sem vacilação, que é possível conciliar política e ética, política e honra, política e mudança".
Cerca de 5.000 pessoas compareceram à missa, segundo a administração do ginásio (o local tem capacidade para 11 mil pessoas).
Cartazes enaltecendo o "exemplo de Covas" se espalhavam pelo público. Entre as personalidades presentes, estavam os ministros José Serra (Saúde) e Paulo Renato (Educação), a prefeita Marta Suplicy, o governador Albano Franco (SE) e os atores Regina Duarte e Raul Cortez.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia lendo um trecho bíblico. No fim da missa, o rabino Henry Sobel fez um breve pronunciamento, a convite de d. Cláudio: "Dizem que ninguém é insubstituível. Não é verdade. Mário Covas é insubstituível, sim".
Hoje, na Catedral de Brasília, às 18h30, será realizada outra missa em memória do governador.


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