|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÃO PAULO
Cerca de 5.000 pessoas estiveram na cerimônia
D. Cláudio pede ética na política em missa de sétimo dia de Covas
DA REPORTAGEM LOCAL
A exortação de ética na política
e de justiça social marcou a missa
de sétimo dia do governador Mário Covas. A cerimônia se realizou
ontem à noite, no ginásio do Ibirapuera (zona sul). Foi presidida
pelo cardeal arcebispo de São
Paulo, d. Cláudio Hummes, e
concelebrada por seis bispos.
"Fala-se muito de ética. Sobretudo se cobra ética dos outros,
mas muitas vezes ela não passa de
um discurso. Realmente, praticar
uma política ética é o grande desafio", afirmou o cardeal durante
seu sermão.
A pregação teve por mote uma
frase de Covas: "A verdade será
sempre minha arma política. Asseguro, sem vacilação, que é possível conciliar política e ética, política e honra, política e mudança".
Cerca de 5.000 pessoas compareceram à missa, segundo a administração do ginásio (o local tem
capacidade para 11 mil pessoas).
Cartazes enaltecendo o "exemplo de Covas" se espalhavam pelo
público. Entre as personalidades
presentes, estavam os ministros
José Serra (Saúde) e Paulo Renato
(Educação), a prefeita Marta Suplicy, o governador Albano Franco (SE) e os atores Regina Duarte
e Raul Cortez.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia lendo um trecho bíblico.
No fim da missa, o rabino Henry
Sobel fez um breve pronunciamento, a convite de d. Cláudio:
"Dizem que ninguém é insubstituível. Não é verdade. Mário Covas é insubstituível, sim".
Hoje, na Catedral de Brasília, às
18h30, será realizada outra missa
em memória do governador.
Texto Anterior: PFL mantém Inocêncio como líder na Câmara para evitar desgaste Próximo Texto: Assembléia define candidatos Índice
|