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Governadora se defende em horário nobre na TV
DA ENVIADA ESPECIAL AO MARANHÃO
E DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS
A governadora Roseana Sarney
(PFL) comprou dois minutos e
meio de horário nobre nas TVs e
rádios do Maranhão ontem à noite para dizer que está sendo vítima de "preconceito contra o Nordeste", de discriminação contra as
mulheres. Ela declarou que nunca
cometeu "nenhum ato ilícito".
No texto gravado na tarde de
ontem, Roseana não faz nenhuma
menção ao marido, Jorge Murad,
nem à empresa Lunus, da qual é
sócia majoritária e em cuja sede a
Polícia Federal, cumprindo mandado judicial, apreendeu R$ 1,34
milhão no dia 1º de março.
O pronunciamento também
não fala das investigações sobre
desvio de verbas da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), no
âmbito das quais se deu a operação policial na Lunus.
Diante da câmera, a governadora primeiro agradeceu "as inúmeras manifestações de solidariedade", que foram realizadas em
"cartas, telefonemas, telegramas e
orações". Segundo a assessoria de
imprensa, são 80 e-mails diários
de solidariedade à pefelista.
Sem pontuar exatamente a que
atos se refere, Roseana afirma: "O
povo maranhense sabe que por
trás das tentativas de manchar a
minha honra está uma estratégia
maquiavélica para impedir a minha caminhada política".
A pefelista voltou a insistir que
deseja a apuração de todas "as denúncias vazias" das quais tem sido alvo, ressaltando que não permitirá "calúnias e difamação"
contra si ou contra o Maranhão.
O pronunciamento é encerrado
com mais um agradecimento ao
apoio dos maranhenses, a quem
faz uma convocação: "Vamos ficar atentos, pois vão continuar
tentando de tudo para impedir
nossa trajetória".
Roseana estava decidida a gravar e levar o pronunciamento ao
ar no domingo, mas diante da crise política optou por adiá-lo.
(ANDRÉA MICHAEL e RANIER BRAGON)
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