São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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Advogado diz que só abria as empresas

do enviado especial a Miami

Alvaro Castillo, o advogado nicaraguense que abriu os negócios de Oscar de Barros há quatro anos, disse à Folha ter se surpreendido com a prisão do empresário, que diz acreditar que trabalhava com placas luminosas "como as de Times Square".
Castillo foi a primeira pessoa com quem Barros falou depois que seu escritório foi invadido pelo FBI, a polícia norte-americana, em 28 de fevereiro, e quando foi preso, em 26 de março.
O nome do advogado consta do registro da empresa de Barros na Florida. Castillo negou ser o elo de ligação entre Barros e o ex-presidente Fernando Collor de Mello. O advogado ajudou Collor a abrir, em Miami, o braço internacional da "Gazeta de Alagoas".

Folha- A Receita Federal acha que o sr. liga Oscar de Barros ao ex-presidente Fernando Collor de Mello porque seu nome consta dos registros das empresas dos dois na Flórida.
Alvaro Castillo-
É um absurdo. Nem sabia que eles se conheciam.

Folha- Como conheceu Barros?
Castillo -
O conheci por meio de um agente de seguros. Depois, ajudei a abrir suas empresas. Faço o serviço de abertura, nada mais.

Folha- Seu nome consta como o de representante em dezenas de empresas na Divisão de Corporações da Flórida. Por quê?
Castillo -
Dezenas, não. Centenas, umas 300. Sou advogado. Pela lei, nosso nome fica registrado na divisão de corporações quando criamos empresas para clientes. Não há nada errado nisso.

Folha- Quantos brasileiros são seus clientes?
Castillo-
Acho que seis.

Folha- Algum político?
Castillo -
Fora Collor, não. Veja, eu atendo a comunidade latina inteira aqui na Flórida.

Folha- Você é amigo de Barros?
Castillo-
Ele foi meu cliente na época da abertura da empresa e me liga quando tem dúvidas, só isso. Não tinha a mínima noção de seu envolvimento no que você está mencionando. Ele tinha me dito que seu negócio era comprar e vender placas luminosas.


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