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Advogado diz que
só abria as empresas
do enviado especial a Miami
Alvaro Castillo, o advogado nicaraguense que abriu os negócios
de Oscar de Barros há quatro
anos, disse à Folha ter se surpreendido com a prisão do empresário, que diz acreditar que
trabalhava com placas luminosas
"como as de Times Square".
Castillo foi a primeira pessoa
com quem Barros falou depois
que seu escritório foi invadido pelo FBI, a polícia norte-americana,
em 28 de fevereiro, e quando foi
preso, em 26 de março.
O nome do advogado consta do
registro da empresa de Barros na
Florida. Castillo negou ser o elo de
ligação entre Barros e o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
O advogado ajudou Collor a abrir,
em Miami, o braço internacional
da "Gazeta de Alagoas".
Folha- A Receita Federal acha
que o sr. liga Oscar de Barros ao
ex-presidente Fernando Collor
de Mello porque seu nome
consta dos registros das empresas dos dois na Flórida.
Alvaro Castillo- É um absurdo.
Nem sabia que eles se conheciam.
Folha- Como conheceu Barros?
Castillo - O conheci por meio de
um agente de seguros. Depois,
ajudei a abrir suas empresas. Faço
o serviço de abertura, nada mais.
Folha- Seu nome consta como
o de representante em dezenas
de empresas na Divisão de Corporações da Flórida. Por quê?
Castillo - Dezenas, não. Centenas, umas 300. Sou advogado. Pela lei, nosso nome fica registrado
na divisão de corporações quando criamos empresas para clientes. Não há nada errado nisso.
Folha- Quantos brasileiros são
seus clientes?
Castillo- Acho que seis.
Folha- Algum político?
Castillo - Fora Collor, não. Veja,
eu atendo a comunidade latina
inteira aqui na Flórida.
Folha- Você é amigo de Barros?
Castillo- Ele foi meu cliente na
época da abertura da empresa e
me liga quando tem dúvidas, só
isso. Não tinha a mínima noção
de seu envolvimento no que você
está mencionando. Ele tinha me
dito que seu negócio era comprar
e vender placas luminosas.
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