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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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OUTRO LADO

Corretor parente de Anspach nega ato criminoso

DA REPORTAGEM LOCAL

Luís Fernando Anspach, sobrinho do doleiro Sílvio Anspach, nega ter destruído provas junto com o delegado Davi Makarausky. "Uma testemunha diz que me viu na frente do computador. Na hora em que, teoricamente, mexeram no maldito computador, eu tomava café no aeroporto, em Foz do Iguaçu, ou estava voando para o Rio de Janeiro", diz.
Luís Fernando conversou com a Folha, em março, no Rio, na presença da advogada Ana Beatriz Esteves. "Eu nunca operei com cambista. Não tenho nem idade para ser doleiro. Sempre trabalhei com os outros. Hoje, me qualifico como desempregado. Vivo de intermediação. Trabalho com imóveis, opero em Bolsa, sou operador formado."
Luís Fernando é carioca, casado, estudou direito na PUC-SP. Seu primeiro emprego foi na Investsul, em São Paulo.
"Eu conheci o delegado numa operação de busca e apreensão no escritório da Investsul. Cuidava de serviços gerais, nunca fui operador."
"Foi quando descobri que estava indiciado. Não sabia do que estava sendo acusado. Fui a Foz do Iguaçu, conversei com o delegado e voltei para o Rio."
"A Real Time é uma empresa criada com alguns amigos, no Rio. Nem chegou a operar. Tinha uma salinha, na barra da Tijuca, de 50 metros quadrados, com seis, oito linhas telefônicas. Era para fazer tudo dentro das normas, mas foi fechada antes (...). Eu não tinha vínculo. Morava ali perto, passava lá, tentava trazer alguns negócios para a empresa. O Sílvio [Anspach" é uma pessoa correta. Falávamos por telefone, mas nunca fiz negócio com a empresa dele."
Ele nega ter feito lavagem de dinheiro: "Narcotráfico não faz parte do nosso mundo. Quando começam a falar de coisa muito grande, você desconfia".
"Temos segurança absoluta da absolvição, no mínimo por falta de provas", diz a advogada Ana Beatriz Esteves.
O advogado Luiz Eduardo da Silva, que defende o delegado Makarausky, não quis se manifestar. (FV)


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