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OUTRO LADO
Corretor parente de Anspach nega ato criminoso
DA REPORTAGEM LOCAL
Luís Fernando Anspach, sobrinho do doleiro Sílvio Anspach, nega ter destruído provas
junto com o delegado Davi Makarausky. "Uma testemunha
diz que me viu na frente do
computador. Na hora em que,
teoricamente, mexeram no
maldito computador, eu tomava café no aeroporto, em Foz
do Iguaçu, ou estava voando
para o Rio de Janeiro", diz.
Luís Fernando conversou
com a Folha, em março, no
Rio, na presença da advogada
Ana Beatriz Esteves. "Eu nunca
operei com cambista. Não tenho nem idade para ser doleiro. Sempre trabalhei com os
outros. Hoje, me qualifico como desempregado. Vivo de intermediação. Trabalho com
imóveis, opero em Bolsa, sou
operador formado."
Luís Fernando é carioca, casado, estudou direito na PUC-SP. Seu primeiro emprego foi
na Investsul, em São Paulo.
"Eu conheci o delegado numa operação de busca e
apreensão no escritório da Investsul. Cuidava de serviços gerais, nunca fui operador."
"Foi quando descobri que estava indiciado. Não sabia do
que estava sendo acusado. Fui a
Foz do Iguaçu, conversei com o
delegado e voltei para o Rio."
"A Real Time é uma empresa
criada com alguns amigos, no
Rio. Nem chegou a operar. Tinha uma salinha, na barra da
Tijuca, de 50 metros quadrados, com seis, oito linhas telefônicas. Era para fazer tudo dentro das normas, mas foi fechada antes (...). Eu não tinha vínculo. Morava ali perto, passava
lá, tentava trazer alguns negócios para a empresa. O Sílvio
[Anspach" é uma pessoa correta. Falávamos por telefone, mas
nunca fiz negócio com a empresa dele."
Ele nega ter feito lavagem de
dinheiro: "Narcotráfico não faz
parte do nosso mundo. Quando começam a falar de coisa
muito grande, você desconfia".
"Temos segurança absoluta
da absolvição, no mínimo por
falta de provas", diz a advogada
Ana Beatriz Esteves.
O advogado Luiz Eduardo da
Silva, que defende o delegado
Makarausky, não quis se manifestar.
(FV)
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