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OUTRO LADO
Magela e jornalista negam acusações de ex-assessor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
O candidato petista derrotado ao governo do Distrito
Federal nas eleições de 2002,
Geraldo Magela, e o seu tesoureiro de campanha, Paulo Waisros Pereira, negaram
ontem ter recebido dinheiro
de Waldomiro Diniz.
"Essa afirmação é de um
profundo mau-caratismo e
de uma desonestidade a toda
prova. Em nenhum momento entrou na minha campanha um centavo que fosse do
Waldomiro ou de algum representado dele", disse Magela, que deu entrevista após
o depoimento do ex-assessor na Assembléia do Rio.
Pereira, que teria recebido
o dinheiro, estava ao seu lado na entrevista e também
negou a história, confirmando, porém, ter se encontrado
com Waldomiro duas vezes
no Rio e outras em Brasília.
"Eu, em nenhum momento, recebi recursos das mãos
de Waldomiro." Pereira disse ainda que os encontros foram feitos a pedido do ex-assessor, que queria ajudar na
campanha. Segundo o ex-tesoureiro, a ajuda sugerida,
mas que não foi dada, foi no
sentido de Waldomiro conversar com empresários de
Brasília para que recebessem
integrantes do PT e colaborassem com a campanha.
Pereira trabalhou de julho
de 2003 até há dois meses no
gabinete de Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado. Ele disse
ter deixado de trabalhar com
o senador dias após a divulgação do caso Waldomiro.
Assessores do senador afirmaram que o ex-tesoureiro
alegou motivos pessoais.
Magela disse ainda ter sabido só ontem de encontros
entre Pereira e Waldomiro, a
quem disse que vai processar. O petista também divulgou nota em que classifica as
declarações do ex-assessor
de "irresponsáveis e infundadas" e insinua que Waldomiro poderia ter embolsado
o dinheiro pedido ao empresário de jogos Carlos Ramos,
o Carlinhos Cachoeira.
O jornalista Mino Pedrosa,
que hoje presta assessoria a
Cachoeira, também negou
ter chantageado Waldomiro
para que ele facilitasse o seu
acesso ao governo federal:
"Isso que ele diz no depoimento é mentira. Ele só foi
ao meu escritório para tratar
de fita uma vez, a pedido dele próprio. Mesmo assim,
não quis ver a fita, levantou
chorando e foi embora".
Em depoimento prestado
em Goiânia à CPI da Assembléia do Rio, no último dia 5,
Cachoeira, afirmou que contratou Armando Dile a pedido de Waldomiro e que pagava a ele um salário de R$
15 mil a R$ 18 mil por mês.
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