São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2004

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OUTRO LADO

Magela e jornalista negam acusações de ex-assessor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA

O candidato petista derrotado ao governo do Distrito Federal nas eleições de 2002, Geraldo Magela, e o seu tesoureiro de campanha, Paulo Waisros Pereira, negaram ontem ter recebido dinheiro de Waldomiro Diniz.
"Essa afirmação é de um profundo mau-caratismo e de uma desonestidade a toda prova. Em nenhum momento entrou na minha campanha um centavo que fosse do Waldomiro ou de algum representado dele", disse Magela, que deu entrevista após o depoimento do ex-assessor na Assembléia do Rio.
Pereira, que teria recebido o dinheiro, estava ao seu lado na entrevista e também negou a história, confirmando, porém, ter se encontrado com Waldomiro duas vezes no Rio e outras em Brasília.
"Eu, em nenhum momento, recebi recursos das mãos de Waldomiro." Pereira disse ainda que os encontros foram feitos a pedido do ex-assessor, que queria ajudar na campanha. Segundo o ex-tesoureiro, a ajuda sugerida, mas que não foi dada, foi no sentido de Waldomiro conversar com empresários de Brasília para que recebessem integrantes do PT e colaborassem com a campanha.
Pereira trabalhou de julho de 2003 até há dois meses no gabinete de Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado. Ele disse ter deixado de trabalhar com o senador dias após a divulgação do caso Waldomiro. Assessores do senador afirmaram que o ex-tesoureiro alegou motivos pessoais.
Magela disse ainda ter sabido só ontem de encontros entre Pereira e Waldomiro, a quem disse que vai processar. O petista também divulgou nota em que classifica as declarações do ex-assessor de "irresponsáveis e infundadas" e insinua que Waldomiro poderia ter embolsado o dinheiro pedido ao empresário de jogos Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O jornalista Mino Pedrosa, que hoje presta assessoria a Cachoeira, também negou ter chantageado Waldomiro para que ele facilitasse o seu acesso ao governo federal: "Isso que ele diz no depoimento é mentira. Ele só foi ao meu escritório para tratar de fita uma vez, a pedido dele próprio. Mesmo assim, não quis ver a fita, levantou chorando e foi embora".
Em depoimento prestado em Goiânia à CPI da Assembléia do Rio, no último dia 5, Cachoeira, afirmou que contratou Armando Dile a pedido de Waldomiro e que pagava a ele um salário de R$ 15 mil a R$ 18 mil por mês.


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