São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2004

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Insatisfeito, PL abandona o bloco de apoio ao governo no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Insatisfeito com o tratamento dado pelo Planalto, o PL decidiu sair do bloco de apoio ao governo no Senado para se tornar um aliado com atuação parlamentar mais "independente", assim como PMDB e PPS -siglas que são aliadas do Planalto mesmo sem integrar o bloco governista.
A saída foi formalizada à Mesa Diretora do Senado. Com a saída dos senadores do PL -Magno Malta (ES), Marcelo Crivella (RJ) e Aelton Freitas (MG), que é suplente do vice-presidente da República, José Alencar (PL)- o bloco de apoio ao governo do Senado passa a ser formado por PT (13 senadores), PSB (3) e PTB (3).
"Vamos ficar independentes, como PMDB e PPS, que são aliados mesmo sem integrar o bloco de apoio ao governo. O partido mantém o apoio ao governo, mas daqui para a frente vamos analisar as propostas caso a caso antes de decidir como votar", disse Aelton: "Só queremos nosso espaço". Segundo ele, embora o PL tenha ajudado a eleger Lula e seja o partido de José Alencar, "não tem tido do governo o respeito que merece: é visto por integrantes do Planalto como um problema e, quando dá palpite, não é ouvido".
O líder do PL no Senado, Magno Malta (ES), causou constrangimento ao governo após a revelação do caso Waldomiro Diniz ao propor uma CPI para investigar o episódio. O governo saiu a campo para evitar que senadores aliados assinassem o requerimento.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), minimizou a decisão: "É uma avaliação político-partidária. O PMDB e o PPS também estão fora do bloco e são da base do governo".


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