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Insatisfeito, PL abandona o bloco
de apoio ao governo no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Insatisfeito com o tratamento
dado pelo Planalto, o PL decidiu
sair do bloco de apoio ao governo
no Senado para se tornar um aliado com atuação parlamentar
mais "independente", assim como PMDB e PPS -siglas que são
aliadas do Planalto mesmo sem
integrar o bloco governista.
A saída foi formalizada à Mesa
Diretora do Senado. Com a saída
dos senadores do PL -Magno
Malta (ES), Marcelo Crivella (RJ)
e Aelton Freitas (MG), que é suplente do vice-presidente da República, José Alencar (PL)- o
bloco de apoio ao governo do Senado passa a ser formado por PT
(13 senadores), PSB (3) e PTB (3).
"Vamos ficar independentes,
como PMDB e PPS, que são aliados mesmo sem integrar o bloco
de apoio ao governo. O partido
mantém o apoio ao governo, mas
daqui para a frente vamos analisar as propostas caso a caso antes
de decidir como votar", disse Aelton: "Só queremos nosso espaço".
Segundo ele, embora o PL tenha
ajudado a eleger Lula e seja o partido de José Alencar, "não tem tido do governo o respeito que merece: é visto por integrantes do
Planalto como um problema e,
quando dá palpite, não é ouvido".
O líder do PL no Senado, Magno
Malta (ES), causou constrangimento ao governo após a revelação do caso Waldomiro Diniz ao
propor uma CPI para investigar o
episódio. O governo saiu a campo
para evitar que senadores aliados
assinassem o requerimento.
O líder do governo no Senado,
Aloizio Mercadante (PT-SP), minimizou a decisão: "É uma avaliação político-partidária. O PMDB
e o PPS também estão fora do bloco e são da base do governo".
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