da Sucursal de Brasília

A bancada do PTB na Câmara assimilou as perdas sofridas na reforma ministerial e deverá ajudar o governo FHC a aprovar a reforma da Previdência.
O medo de perder os cargos no governo federal e de reforçar a pecha de partido fisiológico fez os petebistas recuarem nas críticas que vinham fazendo desde que perderam o Ministério da Agricultura.
A reunião da bancada marcada para hoje poderá até decidir por uma posição formal de independência em relação ao governo. Mas o líder da bancada, Paulo Heslander (MG), e outros deputados antecipam que não deverá haver dissidências na votação da reforma.
"É uma questão de coerência. Se votarmos contra a reforma, vai parecer que o PTB está barganhando", disse Heslander. '"O partido sempre votou com o governo. Agora, não pode dizer que está contra", reforçou Albérico Cordeiro (AL).
Na semana passada, Heslander tinha outro discurso. Dizia que o partido daria uma resposta pela perda do Ministério da Agricultura: '"O PTB deverá ser mais crítico aos projetos do governo. Ao retirar os ministérios, o governo excluiu o PTB".
O deputado Roberto Jefferson (RJ) resumiu ontem como deverá ficar o partido: "Deve ficar independente em relação ao governo, mas manter a sua lealdade às reformas. Fica ruim, agora que perdeu os ministérios, votar contra."



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