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OUTRO LADO
Stedile, líder do MST, nega que exista desvio
DA REDAÇÃO
O principal líder do MST,
João Pedro Stedile, nega a existência de desvios de dinheiro
nas cooperativas ligadas ao
movimento.
"Estamos abertos a qualquer
tipo de investigação e duvido
que em qualquer uma delas haja desvios", disse.
"Se houver uma investigação
que encontre desvios individuais, nós seremos os primeiros a punir", afirmou.
Stedile diz que o Incra e o
Procera investigam rotineiramente todas as cooperativas do
movimento, e não apenas as do
Paraná. Segundo ele, as cooperativas do MST têm problemas
financeiros, "assim como qualquer outra cooperativa".
Stedile afirma que o caixa do
MST não é centralizado, mas
reconhece que alguns assentados possam estar repassando
3% dos créditos que recebem
para a organização do movimento. Segundo ele, o MST estabeleceu como norma, há alguns anos, que as famílias assentadas deveriam contribuir
com recursos equivalentes a
3% do valor da produção.
Sobre o repasse de dinheiro
dos créditos, Stedile diz o seguinte: "Acontece que em muitos assentamentos os companheiros, em vez de tomar como
referência a produção, tomaram como referência o crédito.
Mas é uma referência, o que
não significa que houve o desvio daquele crédito".
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