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Acusação e defesa farão batalha de laudos no Pará
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O eixo principal da acusação e da defesa dos 149 policiais militares envolvidos no
confronto em Carajás estará
em uma batalha de laudos
entre dois peritos da Unicamp que já trabalharam
juntos e hoje são inimigos: o
foneticista Ricardo Molina e
o legista Fortunato Badan
Palhares.
Molina será a principal testemunha da acusação contra
os PMs. Ele apresentará um
laudo obtido com processo
de digitalização das imagens
do confronto. Concluído em
setembro de 2000, o laudo
aponta que os policiais atiraram primeiro. O laudo diz
que, antes do conflito, dois
sem-terra foram feridos e
pelo menos um manifestante foi morto pelas costas, depois que a estrada em que estavam foi liberada.
Badan Palhares, como testemunha de defesa, tentará
explicar o contrário. De
acordo com o laudo de Badan, não houve o massacre e
a maioria dos sem-terra foi
morta depois do confronto,
atingida por golpes de armas
brancas, como foices e facões. Com o laudo, a defesa
sustentará que é impossível
individualizar o crime e estabelecer qual policial matou
qual sem-terra.
(MS)
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