São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

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Acusação e defesa farão batalha de laudos no Pará

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O eixo principal da acusação e da defesa dos 149 policiais militares envolvidos no confronto em Carajás estará em uma batalha de laudos entre dois peritos da Unicamp que já trabalharam juntos e hoje são inimigos: o foneticista Ricardo Molina e o legista Fortunato Badan Palhares.
Molina será a principal testemunha da acusação contra os PMs. Ele apresentará um laudo obtido com processo de digitalização das imagens do confronto. Concluído em setembro de 2000, o laudo aponta que os policiais atiraram primeiro. O laudo diz que, antes do conflito, dois sem-terra foram feridos e pelo menos um manifestante foi morto pelas costas, depois que a estrada em que estavam foi liberada.
Badan Palhares, como testemunha de defesa, tentará explicar o contrário. De acordo com o laudo de Badan, não houve o massacre e a maioria dos sem-terra foi morta depois do confronto, atingida por golpes de armas brancas, como foices e facões. Com o laudo, a defesa sustentará que é impossível individualizar o crime e estabelecer qual policial matou qual sem-terra. (MS)


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