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Para Garcia, não há má-fé no "esquema das erratas"
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Rodrigo
Garcia (PFL), informou ontem
que não houve "má-fé" dos deputados e de funcionários da elite da
Casa que, ao contratar familiares,
omitiram na publicação do "Diário Oficial" os sobrenomes que
denunciariam o parentesco.
Na última segunda, a Folha publicou reportagem sobre casos de
parentes contratados sem o sobrenome. A correção foi feita de
três a oito dias depois em publicação de menor destaque. Internamente, o procedimento é conhecido como "esquema das erratas".
Por meio de nota, Garcia afirmou que, por determinação sua,
foi feito um levantamento da situação dos cinco funcionários citados na reportagem. Segundo
ele, em dois casos constatou-se
que as funcionárias entregaram
no ato da contratação documentos de identidade de solteira.
As duas, no entanto, já eram casadas. Uma com o filho do deputado Aldo Demarchi, do mesmo
partido de Garcia. Outra com o irmão de Havanir de Almeida
Nimtz (PSDB).
O presidente da Casa disse ter
sido "erro de digitação" a contratação do pára-quedista Marcello
Sérgio Ramus Costa, que entrou
no lugar do pai, Sérgio Costa.
O sobrenome "Costa" de Marcello não foi publicado. A Folha
apurou que Marcello nunca trabalhou na Assembléia.
"A conclusão é que não há, pelos documentos apresentados,
comprovação de má-fé ou de
existência de um "esquema de
fraudes'", afirmou Garcia.
"Para que os erros identificados
não se repitam, a Mesa Diretora
determinou a mudança no processo de contratação. A partir de
agora, o funcionário preencherá
um formulário no momento da
nomeação, com o detalhamento
de seus dados", informou o presidente da Assembléia Legislativa.
Por determinação do procurador-geral de Justiça de São Paulo,
Rodrigo Rebello Pinho, o Ministério Público abriu investigação
para apurar as contratações.
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