São Paulo, sábado, 14 de maio de 2005

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Para Garcia, não há má-fé no "esquema das erratas"

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Rodrigo Garcia (PFL), informou ontem que não houve "má-fé" dos deputados e de funcionários da elite da Casa que, ao contratar familiares, omitiram na publicação do "Diário Oficial" os sobrenomes que denunciariam o parentesco.
Na última segunda, a Folha publicou reportagem sobre casos de parentes contratados sem o sobrenome. A correção foi feita de três a oito dias depois em publicação de menor destaque. Internamente, o procedimento é conhecido como "esquema das erratas".
Por meio de nota, Garcia afirmou que, por determinação sua, foi feito um levantamento da situação dos cinco funcionários citados na reportagem. Segundo ele, em dois casos constatou-se que as funcionárias entregaram no ato da contratação documentos de identidade de solteira.
As duas, no entanto, já eram casadas. Uma com o filho do deputado Aldo Demarchi, do mesmo partido de Garcia. Outra com o irmão de Havanir de Almeida Nimtz (PSDB).
O presidente da Casa disse ter sido "erro de digitação" a contratação do pára-quedista Marcello Sérgio Ramus Costa, que entrou no lugar do pai, Sérgio Costa.
O sobrenome "Costa" de Marcello não foi publicado. A Folha apurou que Marcello nunca trabalhou na Assembléia.
"A conclusão é que não há, pelos documentos apresentados, comprovação de má-fé ou de existência de um "esquema de fraudes'", afirmou Garcia.
"Para que os erros identificados não se repitam, a Mesa Diretora determinou a mudança no processo de contratação. A partir de agora, o funcionário preencherá um formulário no momento da nomeação, com o detalhamento de seus dados", informou o presidente da Assembléia Legislativa.
Por determinação do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Rebello Pinho, o Ministério Público abriu investigação para apurar as contratações.


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