DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Juízes e membros do Ministério Público vão iniciar na segunda-feira um movimento de pressão contra a reforma da Previdência. Eles farão protestos em várias cidades para tentar forçar o governo Lula a recuar na intenção de cortar direitos dos servidores, como a aposentadoria integral.
Segundo os dirigentes das associações de classe, esse será o primeiro de uma série de atos que serão realizados até que atinjam o objetivo: manter inalterado o regime previdenciário de magistrados, procuradores e promotores.
Na terça, eles irão se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Maurício Corrêa, para pressioná-lo a assumir a liderança desse movimento e o papel de interlocutor do Judiciário no governo e no Congresso. Corrêa anunciou essa disposição ao tomar posse, no dia 5, mas os juízes temem que ele recue.
Eles disseram que não estão descartadas a deflagração de greve e a busca de apoio da CUT e de entidades do funcionalismo. Em entrevista coletiva ontem para explicar as razões do movimento, os dirigentes das entidades de classe negaram o interesse corporativo: a preocupação seria com o risco de as carreiras de magistratura e do Ministério Público deixarem de atrair bons profissionais.


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