São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002

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Partido busca apoio de dissidentes

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT planeja integrar à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva dissidentes de outros partidos, principalmente o PMDB.
Um dos primeiros alvos será o candidato do partido ao governo de São Paulo, Fernando Morais, que já declarou apoio a Lula.
O PT, no entanto, quer mais do que declarações do partido, liderado no Estado pelo ex-governador Orestes Quércia.
Até meados de agosto, deverá ocorrer um encontro público de Lula e Morais, apesar de o candidato oficial do partido ao governo paulista ser José Genoino.
A ocorrência de palanques "suprapartidários" pró-Lula deve se repetir. Em Minas Gerais, há contatos semelhantes com peemedebistas como os prefeitos de Uberlândia, Zaire Rezende, e de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado.
"O apoio ao Lula extrapola os limites da nossa coligação", disse o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha.
Até aqui, o PT tem adotado como regra a prioridade absoluta à candidatura de Lula, não raro ferindo interesses regionais. A aliança nacional com o PL foi feita à custa da insatisfação de vários diretórios estaduais.
Já em São Paulo, Lula não deve fazer oposição a Paulo Maluf (PPB), pois conta com o apoio de grande parte de seus eleitores. O mesmo acontece com outros inimigos históricos do partido, como Newton Cardoso (PMDB) em Minas e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).


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