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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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OUTRO LADO

Firma contesta depoimento de Dondo Gonçalves

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Finambras, de São Paulo, contesta as declarações feitas pelo contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves. A empresa admite ter feito uma única operação com a Confiança, mas diz que foi para "internalizar" dinheiro no Brasil, não para enviar recursos para o exterior.
Vanessa Abud, assistente da direção da Finambras, disse: "Localizei nos nossos arquivos uma operação com essa empresa [Confiança], mas foi de ingresso de divisas. Nós apenas intermediamos. Eles operaram com o Banco Mercantil de Descontos. Veio um empréstimo do BankBoston do Uruguai para a empresa. A operação foi em 97. Foi feita com autorização prévia do BC. O empréstimo que veio do Uruguai foi de US$ 3 milhões. Tenho 99% de certeza que foi essa a única operação que eles fizeram conosco. Operamos com esse cliente porque foi uma indicação do BankBoston de Montevidéu".
A outra empresa que Dondo Gonçalves diz ter sido utilizada pela quadrilha de Arcanjo para expatriar recursos é a Incomep. Ouvida, reconhece ter feito negócios com a Confiança. Quem falou por ela é Maria Bernadete Gonçalves: "Era o meu irmão, Francisco Gonçalves, quem mexia com a parte de câmbio. Tinha licença do BC. Mas ele faleceu. Não disponho dos dados para te passar. Hoje não operamos mais com câmbio".
A Folha ouviu o BankBoston e o Deutsch Bank. Informaram que a administração das instituições é descentralizada. Só os escritórios do Uruguai ou dos EUA poderiam fornecer dados sobre transações com Arcanjo.



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