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OUTRO LADO
Firma contesta depoimento de Dondo Gonçalves
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Finambras, de São Paulo, contesta as declarações
feitas pelo contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves. A
empresa admite ter feito
uma única operação com a
Confiança, mas diz que foi
para "internalizar" dinheiro
no Brasil, não para enviar recursos para o exterior.
Vanessa Abud, assistente
da direção da Finambras,
disse: "Localizei nos nossos
arquivos uma operação com
essa empresa [Confiança],
mas foi de ingresso de divisas. Nós apenas intermediamos. Eles operaram com o
Banco Mercantil de Descontos. Veio um empréstimo do
BankBoston do Uruguai para a empresa. A operação foi
em 97. Foi feita com autorização prévia do BC. O empréstimo que veio do Uruguai foi de US$ 3 milhões.
Tenho 99% de certeza que
foi essa a única operação que
eles fizeram conosco. Operamos com esse cliente porque
foi uma indicação do BankBoston de Montevidéu".
A outra empresa que Dondo Gonçalves diz ter sido utilizada pela quadrilha de Arcanjo para expatriar recursos é a Incomep. Ouvida, reconhece ter feito negócios
com a Confiança. Quem falou por ela é Maria Bernadete Gonçalves: "Era o meu irmão, Francisco Gonçalves,
quem mexia com a parte de
câmbio. Tinha licença do
BC. Mas ele faleceu. Não disponho dos dados para te
passar. Hoje não operamos
mais com câmbio".
A Folha ouviu o BankBoston e o Deutsch Bank. Informaram que a administração
das instituições é descentralizada. Só os escritórios do
Uruguai ou dos EUA poderiam fornecer dados sobre
transações com Arcanjo.
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