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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Glauber filmou na cidade

DO ENVIADO ESPECIAL

Hildegardo Cordeiro, especialista autodidata na história das imagens do santuário de Monte Santo, guarda num nicho especial uma imagem da madona que criou em 1963, no santuário de Monte Santo. Era aquela imagem que ele esculpia quando conheceu Glauber Rocha. O diretor estava na cidade para fazer "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964).
Cordeiro tinha à época 27 anos (hoje tem 65) e acabou passando para a frente das câmeras. Fez uma ponta no filme, como o noivo que é emasculado e espancado na cerimônia de casamento.
"Glauber às vezes explodia, xingava todo mundo. Noutras vezes, se isolava, e ninguém conseguia tirá-lo daquele estado", lembra.
No filme, Glauber usa a subida ao Monte Santo como ponto de virada na vida do sertanejo Manoel. Ele sobe o calvário carregando uma pedra, assiste à matança dos seguidores do líder religioso e converte-se em cangaceiro para "desarrumar o arrumado".



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