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Juíza determina à PF igualdade de tratamento
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza corregedora dos
presídios da Justiça Federal,
Raecler Baldresca, determinou à Polícia Federal que o
ex-prefeito Paulo Maluf tenha o mesmo tratamento
dispensado aos demais presos na carceragem.
A decisão da juíza foi tomada diante das notícias de
que Maluf havia recebido
quibes e alimentação fornecida pela família. A determinação da juíza indica que os
telefonemas, ligações recebidas e feitas pelo ex-prefeito,
segundo afirmação de sua
mulher, Sylvia, seriam um
tratamento diferenciado.
O advogado criminalista
Luiz Fernando Pacheco diz
que não há legislação sobre a
comunicação do preso com
a família. Trata-se de um
procedimento administrativo a cargo do responsável
pela custódia, que responderá por eventuais abusos.
O critério é o da razoabilidade, diz, e não seria necessário autorização específica
do juiz para os telefonemas.
Os presos, contudo, não podem dispor de celulares.
Como o ex-prefeito foi
preso sob acusação de tentar
pressionar uma testemunha,
esses telefonemas para familiares teriam que ser limitados e controlados pela autoridade da custódia.
Havendo controle, Pacheco não vê mal nessas ligações. Ele diz que o administrador da custódia deve levar
em conta a coerência dos
procedimentos dentro da
prisão, pois o tratamento diferenciado pode gerar reações de outros presos.
Outros advogados estranharam a informação de que
Maluf teria feito contatos telefônicos diários. Procurada
para confirmar se houve essas ligações, a PF em São
Paulo não se manifestou.
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