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Campanha no rádio deve ser mais agressiva
DA REPORTAGEM LOCAL
A estratégia adotada pelo PT e
pelo PSDB no primeiro turno eleitoral de reservar para o programa
de rádio as ironias e críticas mais
pesadas aos adversários deverá
ser reforçada a partir de amanhã.
As duas campanhas estudavam,
na semana passada, ampliar o espaço de crítica dos programas.
O PSDB volta com o caricato
âncora Tony Show da Paraíba,
que não teve "papas na língua"
para alfinetar os adversários de
José Serra no primeiro turno.
Quem deverá ter mais espaço na
propaganda tucana é o Beto 45,
analista político fictício. Interpretado por Ruy Rodrigues, sócio do
marqueteiro Nizan Guanaes, o
personagem entrava no ar exclusivamente para ataques ácidos.
Agora, só com a mira no petista,
deve ter mais tempo no ar. O embate virá embalado por um tom
popular e bem-humorado.
No caso do PT, a propaganda no
rádio deve ter seu conteúdo mais
"casado" com o da TV do que no
primeiro turno. Para isso, Duda
Mendonça, marqueteiro da campanha petista, decidiu dar à direção do programa de rádio uma
sala dentro de sua produtora. Antes, toda a equipe ficava em um
estúdio em outro lugar da cidade.
O tom crítico deve subir também. O quadro "Mudanças Brasil", usado principalmente para
satirizar o governo, foi muito bem
avaliado pela coordenação da
campanha e deve ganhar espaço.
O programa, que terá praticamente o dobro do tempo, deverá
estrear novos quadros e um deles
pode ser reservado apenas para o
confronto com José Serra.
(LM e CC)
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