DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) voltou a defender a revisão total das taxas municipais e o fim da taxa do lixo, em campanha ontem na região do São Mateus (zona leste) -tradicional reduto petista.
"Nós vamos revisar cada uma delas", disse, sem detalhar como. Apenas no caso da taxa do lixo ele afirmou: "Vamos encaminhar para abolir, mesmo".
Serra, no entanto, disse que não tomará medidas no "afogadilho" e aproveitou para atacar a prefeita Marta Suplicy (PT). "Não vamos fazer nada de afogadilho, como foi feito agora com a taxa de motoboy. Criaram a taxa de motoboy, depois eliminaram. De duas, uma: ou tem que reconhecer que foi um absurdo criar, ou reconhecer que foi eleitoralismo."
Durante corpo-a-corpo na região de São Mateus, onde Serra foi derrotado por Marta (53,2% a 28,7%), o candidato ouviu perguntas sobre a possibilidade de ele acabar com programas sociais caso eleito.
"Eu me dei conta aqui e nos outros dois lugares em que fomos que tem muita fofoca. Que o pessoal fica dizendo mentiras para os eleitores: que o Serra vai acabar com isso, vai acabar com aquilo. Eu quero crer que essa onda de falsidades deve ter também o seu papel", disse Serra.
Serra afirmou ontem que não aceitaria o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) em seu palanque para obter o apoio de seus eleitores.
Sobre as declarações de Maluf, que atribuiu ao PSDB a divulgação da data de seu depoimento na Polícia Federal, Serra ironizou: "É uma acusação hilariante. É como eu repito sempre: nem eles acreditam no que estão falando".


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