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STJ critica sigilo em investigação que envolve juiz
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma nota aprovada pelos
presidentes dos tribunais de
Justiça dos Estados, no último
domingo, que defende o sigilo
das investigações judiciais que
envolvam magistrados, provocou reação em cadeia dentro
do próprio Judiciário.
O primeiro a protestar contra
ela foi o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal. Os presidentes da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), Roberto
Busato, e da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho),
Grijalbo Coutinho, apoiaram
Vidigal. O presidente da Ajufe
(Associação dos Juízes Federais
do Brasil), Jorge Maurique,
também criticou o sigilo.
O motivo da reação corporativa dos TJs são medidas recentes tomadas por Vidigal em
busca de mais transparência,
particularmente a divulgação
de levantamento sobre procedimentos contra magistrados e
demais autoridades que respondem por crime no STJ.
Há 79 procedimentos contra
desembargadores, 28 contra
juízes dos tribunais regionais
do trabalho e nove contra integrantes dos tribunais regionais
federais. Também desagradou
aos desembargadores o fato de
o STJ divulgar as iniciais dos
magistrados sob suspeita. A
maioria dos ministros entende
que o sigilo deve ser preservado
até o recebimento da denúncia
(quando a ação penal é aberta).
A Constituição diz que todos
os julgamentos dos órgãos do
Judiciário serão públicos, mas
autoriza a lei a criar exceções se
houver interesse público.
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