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outro lado
Defesa diz que não vai comentar caso suspenso
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado da construtora
Camargo Corrêa, Celso Vilardi, disse ontem que não
vai se pronunciar sobre documentos da Operação Castelo de Areia porque o caso
está sub judice no Superior
Tribunal de Justiça.
"Tive acesso, depois de
muito tempo e pela primeira
vez, aos documentos apreendidos pela Polícia Federal.
Porém, não quero desrespeitar a decisão do presidente
do STJ que suspendeu todos
os processos desse caso. Se
essa decisão for confirmada
pela 6ª Turma, toda a prova
será considerada nula, sem
nenhuma validade, ilegal",
afirmou Vilardi.
O advogado Paulo Santo
André, que defende o conselheiro Eduardo Bittencourt,
do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, afirmou
ontem que não teve acesso à
documentação e que lamenta ver o nome de seu cliente
em papéis sem nenhum valor probatório.
"Amanhã ou depois eu
posso fazer uma lista e colocar o nome do presidente da
República. Isso significaria
algo? Meu cliente atua há
anos num tribunal, cujas decisões são colegiadas. Mesmo que ele quisesse, não poderia tomar nenhuma decisão sozinho", afirmou.
O conselheiro Roque Citadini afirmou que não conhece nenhum dos diretores
apontados na investigação e
criticou o fato de o nome dele
ser divulgado em reportagens sobre o caso.
"Não há nenhum inquérito
nem processo contra mim.
Além disso, pelo que vi na
imprensa, a polícia apreendeu muitos documentos.
Quem está filtrando os nomes? Tenho muitos amigos e
inimigos e não acho justo o
meu nome ser citado", disse.
Em nota, o conselheiro
Robson Marinho afirmou
desconhecer as informações.
Disse que nunca teve nenhum relacionamento com a
Camargo Corrêa e que seu
nome surgiu em um documento apócrifo, que "estranhamente teria dado origem
às noticiadas investigações;
assim, cabe a quem acusa fazer a devida prova".
"Não posso deixar de protestar contra o sensacionalismo que se faz com o único
intuito de criar espetáculo,
sem qualquer preocupação
com a verdade e a reputação
das pessoas supostamente
envolvidas", disse.
O secretário municipal de
Esportes de São Paulo, Walter Feldman (PSDB), afirmou que pediu à Polícia Federal, em dezembro, para ter
acesso a informações sobre o
surgimento de seu nome no
caso, mas que não recebeu
nenhuma resposta.
Feldman disse achar estranho que alguns nomes tenham sido "pinçados" para
vazamentos e que, à época
das apurações, era líder do
governo na Assembleia Legislativa, onde mantinha relações políticas e legais.
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