São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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outro lado

Defesa diz que não vai comentar caso suspenso

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado da construtora Camargo Corrêa, Celso Vilardi, disse ontem que não vai se pronunciar sobre documentos da Operação Castelo de Areia porque o caso está sub judice no Superior Tribunal de Justiça.
"Tive acesso, depois de muito tempo e pela primeira vez, aos documentos apreendidos pela Polícia Federal. Porém, não quero desrespeitar a decisão do presidente do STJ que suspendeu todos os processos desse caso. Se essa decisão for confirmada pela 6ª Turma, toda a prova será considerada nula, sem nenhuma validade, ilegal", afirmou Vilardi.
O advogado Paulo Santo André, que defende o conselheiro Eduardo Bittencourt, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, afirmou ontem que não teve acesso à documentação e que lamenta ver o nome de seu cliente em papéis sem nenhum valor probatório.
"Amanhã ou depois eu posso fazer uma lista e colocar o nome do presidente da República. Isso significaria algo? Meu cliente atua há anos num tribunal, cujas decisões são colegiadas. Mesmo que ele quisesse, não poderia tomar nenhuma decisão sozinho", afirmou.
O conselheiro Roque Citadini afirmou que não conhece nenhum dos diretores apontados na investigação e criticou o fato de o nome dele ser divulgado em reportagens sobre o caso.
"Não há nenhum inquérito nem processo contra mim. Além disso, pelo que vi na imprensa, a polícia apreendeu muitos documentos. Quem está filtrando os nomes? Tenho muitos amigos e inimigos e não acho justo o meu nome ser citado", disse.
Em nota, o conselheiro Robson Marinho afirmou desconhecer as informações. Disse que nunca teve nenhum relacionamento com a Camargo Corrêa e que seu nome surgiu em um documento apócrifo, que "estranhamente teria dado origem às noticiadas investigações; assim, cabe a quem acusa fazer a devida prova".
"Não posso deixar de protestar contra o sensacionalismo que se faz com o único intuito de criar espetáculo, sem qualquer preocupação com a verdade e a reputação das pessoas supostamente envolvidas", disse.
O secretário municipal de Esportes de São Paulo, Walter Feldman (PSDB), afirmou que pediu à Polícia Federal, em dezembro, para ter acesso a informações sobre o surgimento de seu nome no caso, mas que não recebeu nenhuma resposta.
Feldman disse achar estranho que alguns nomes tenham sido "pinçados" para vazamentos e que, à época das apurações, era líder do governo na Assembleia Legislativa, onde mantinha relações políticas e legais.


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