|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Atendidas por projeto experimental hoje são voluntárias no Paraná
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORESTÓPOLIS
Mães que tiveram seus filhos salvos pela Pastoral da
Criança na cidade de Florestópolis são hoje voluntárias
no trabalho de assistência a
crianças carentes. Foi no pequeno município no norte
do Paraná que começou o
projeto idealizado por Zilda
Arns, hoje em 20 países.
A cidade foi escolhida porque, no início dos anos 1980,
tinha uma taxa de 127 mortes para cada mil nascidos.
Dois anos após o início do
projeto, em 1983, o índice de
mortalidade no município
recuou para 28 mortes a cada mil nascimentos. E a
CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pediu a Zilda um projeto nacional de Pastoral da Criança.
A experiência fez a médica
ser reverenciada na cidade.
Com a morte dela, a prefeitura decretou luto oficial.
Religiosos e voluntários da
pastoral fazem vigília e cantam o hino da entidade quase como uma oração.
Entre as 45 líderes da pastoral, que atendem 600
crianças no município, muitas foram beneficiadas pela
organização no passado.
A auxiliar de enfermagem
Noceli Marcelino dos Santos, 42, é uma delas. Ela diz
dever a vida da filha "à doutora Zilda e à pastoral". Em
1987, Laise dos Santos Silva,
hoje com 23, nasceu prematura. Com orientação, a desnutrição foi vencida.
Situação parecida à da ex-cortadora de cana Maria
Aparecida da Silva, 42, que
teve um filho prematuro. Segundo ela, foi a persistência
das voluntárias que o salvou.
Há oito anos, ela se tornou líder da organização na cidade, de 12 mil habitantes.
Texto Anterior: Análise: Ações simples e frutos magníficos Próximo Texto: Pastoral do Idoso é a mais afetada sem Zilda Índice
|