São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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Atendidas por projeto experimental hoje são voluntárias no Paraná

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORESTÓPOLIS

Mães que tiveram seus filhos salvos pela Pastoral da Criança na cidade de Florestópolis são hoje voluntárias no trabalho de assistência a crianças carentes. Foi no pequeno município no norte do Paraná que começou o projeto idealizado por Zilda Arns, hoje em 20 países.
A cidade foi escolhida porque, no início dos anos 1980, tinha uma taxa de 127 mortes para cada mil nascidos.
Dois anos após o início do projeto, em 1983, o índice de mortalidade no município recuou para 28 mortes a cada mil nascimentos. E a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pediu a Zilda um projeto nacional de Pastoral da Criança.
A experiência fez a médica ser reverenciada na cidade. Com a morte dela, a prefeitura decretou luto oficial. Religiosos e voluntários da pastoral fazem vigília e cantam o hino da entidade quase como uma oração.
Entre as 45 líderes da pastoral, que atendem 600 crianças no município, muitas foram beneficiadas pela organização no passado.
A auxiliar de enfermagem Noceli Marcelino dos Santos, 42, é uma delas. Ela diz dever a vida da filha "à doutora Zilda e à pastoral". Em 1987, Laise dos Santos Silva, hoje com 23, nasceu prematura. Com orientação, a desnutrição foi vencida.
Situação parecida à da ex-cortadora de cana Maria Aparecida da Silva, 42, que teve um filho prematuro. Segundo ela, foi a persistência das voluntárias que o salvou. Há oito anos, ela se tornou líder da organização na cidade, de 12 mil habitantes.


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