UOL

São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PSDB coloca governadores na TV

RENATA LO PRETE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os governadores tucanos -Geraldo Alckmin (SP) à frente- são as estrelas do programa de televisão do PSDB que será exibido hoje às 20h30, o primeiro longo e em rede nacional desde que o partido virou oposição.
Lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador José Serra, candidato derrotado ao Planalto, têm aparições breves e limitadas a imagens de arquivo.
Além dos governadores, apenas José Aníbal, presidente nacional do partido, e a deputada federal Yeda Crusius, presidente do Instituto Teotônio Vilela, falam nos 20 minutos de programa. Cabe aos dois e a uma apresentadora a tarefa de bater mais diretamente no governo Lula.
Alckmin e o governador de Minas, Aécio Neves, os nomes mais fortes na bolsa de presidenciáveis tucanos para as eleições de 2006, ocupam os dois blocos iniciais.
O paulista vem primeiro, ancorando um desfile de obras e realizações no mesmo estilo usado no horário gratuito de 2002 -o programa de hoje foi produzido pela GW Comunicação, que fez a campanha de Alckmin à reeleição.
Aécio começa se justificando, via locutor, por ter encontrado Minas "em situação muito difícil", mas logo engata no mote realizador de Alckmin.
No espaço de ambos há ênfase em programas de geração de emprego conduzidos nos respectivos Estados, numa clara indicação de que o PSDB espera ver o governo federal ser cobrado pelo que foi o principal tema da campanha de Lula à Presidência da República.
Os demais governadores vêm em seguida com depoimentos e imagens cuja função é comparar os programas sociais do PSDB favoravelmente aos similares petistas, ora dizendo que os administradores tucanos já faziam o que está sendo anunciado como novo pelos petistas, ora sugerindo que sabem fazer melhor.
O último político a aparecer na tela é Mário Covas, espécie de amuleto do tucanato em suas relações com a opinião pública.
A Folha apurou que alguns parlamentares do PSDB não gostaram da "opção preferencial" pelos governadores no disputado espaço da rede nacional de TV.
Prevaleceu, no entanto, a idéia de que esse seria o melhor caminho para fazer um programa de oposição num momento em que, indicam todas as pesquisas, o quadro de percepção do público é bastante favorável ao governo.
Daí o fato de o programa disparar uma série de "recados", mas nenhum golpe duro na direção do governo federal, e repetir o slogan dos comerciais exibidos no início deste ano, que apresentam os tucanos como uma "oposição a favor do Brasil".


Texto Anterior: Oposição: FHC quer dividir PSDB entre Serra e Tasso
Próximo Texto: Cauteloso, PSDB se reúne hoje com Lula
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.