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PSDB coloca governadores na TV
RENATA LO PRETE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os governadores tucanos -Geraldo Alckmin (SP) à frente- são
as estrelas do programa de televisão do PSDB que será exibido hoje às 20h30, o primeiro longo e em
rede nacional desde que o partido
virou oposição.
Lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
o ex-senador José Serra, candidato derrotado ao Planalto, têm aparições breves e limitadas a imagens de arquivo.
Além dos governadores, apenas
José Aníbal, presidente nacional
do partido, e a deputada federal
Yeda Crusius, presidente do Instituto Teotônio Vilela, falam nos 20
minutos de programa. Cabe aos
dois e a uma apresentadora a tarefa de bater mais diretamente no
governo Lula.
Alckmin e o governador de Minas, Aécio Neves, os nomes mais
fortes na bolsa de presidenciáveis
tucanos para as eleições de 2006,
ocupam os dois blocos iniciais.
O paulista vem primeiro, ancorando um desfile de obras e realizações no mesmo estilo usado no
horário gratuito de 2002 -o programa de hoje foi produzido pela
GW Comunicação, que fez a campanha de Alckmin à reeleição.
Aécio começa se justificando,
via locutor, por ter encontrado
Minas "em situação muito difícil", mas logo engata no mote realizador de Alckmin.
No espaço de ambos há ênfase
em programas de geração de emprego conduzidos nos respectivos
Estados, numa clara indicação de
que o PSDB espera ver o governo
federal ser cobrado pelo que foi o
principal tema da campanha de
Lula à Presidência da República.
Os demais governadores vêm
em seguida com depoimentos e
imagens cuja função é comparar
os programas sociais do PSDB favoravelmente aos similares petistas, ora dizendo que os administradores tucanos já faziam o que
está sendo anunciado como novo
pelos petistas, ora sugerindo que
sabem fazer melhor.
O último político a aparecer na
tela é Mário Covas, espécie de
amuleto do tucanato em suas relações com a opinião pública.
A Folha apurou que alguns parlamentares do PSDB não gostaram da "opção preferencial" pelos
governadores no disputado espaço da rede nacional de TV.
Prevaleceu, no entanto, a idéia
de que esse seria o melhor caminho para fazer um programa de
oposição num momento em que,
indicam todas as pesquisas, o
quadro de percepção do público é
bastante favorável ao governo.
Daí o fato de o programa disparar uma série de "recados", mas
nenhum golpe duro na direção do
governo federal, e repetir o slogan
dos comerciais exibidos no início
deste ano, que apresentam os tucanos como uma "oposição a favor do Brasil".
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