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Suplicy e sociólogo vão
defender os acusados
DA REPORTAGEM LOCAL
O senador Eduardo Suplicy
(SP), o advogado Dalmo Dallari e
o sociólogo Emir Sader são algumas das testemunhas de defesa
convidadas pela senadora Heloísa
Helena (AL) e pelos deputados federais Luciana Genro (RS) e João
Batista Oliveira de Araújo, o Babá
(PA), no processo disciplinar movido pela direção do PT contra os
três parlamentares.
Os acusados poderão apresentar no dia 25, data marcada para a
primeira audiência do caso, até
oito testemunhas. A estratégia é
que todas elas se manifestem em
defesa dos três parlamentares,
que ainda pretendem fazer convites a outras cinco personalidades
nos próximos dias.
Convocando testemunhas com
relações históricas com o PT, os
três esperam mobilizar a opinião
pública a ponto de conseguir
constranger a comissão.
"Não tem lógica o PT nos expulsar por crime de opinião. Seria
uma decisão muito violenta e que
causaria comoção entre os militantes e entre a população", afirma Luciana Genro.
Composta por cinco representantes, a comissão tem 30 dias,
prorrogáveis por mais 30, para
elaborar um parecer sobre o caso.
Segundo Babá, a mobilização
popular também faz parte da tática de defesa do grupo. A idéia é
que, a partir de agora, manifestações contra as reformas do governo incluam protestos contra a
possibilidade de expulsão dos
três. O primeiro ato do gênero
ocorre hoje, em São Paulo.
Abaixo-assinados de apoio
também estão sendo preparados.
Um deles, organizado por Luciana Genro, já conta, segundo ela,
com a assinatura de cerca de 20
parlamentares petistas, a maioria
deles ligada à esquerda da sigla.
A avaliação hoje, no PT, é a de
que o placar na comissão será de
quatro votos a favor da expulsão e
apenas um contra. Até mesmo
Newton Gomes, integrante da
corrente de esquerda Democracia
Socialista (a mesma da senadora
Heloísa Helena), é dado como voto quase certo a favor da medida.
Coordenador da DS, Joaquim
Soriano criticou a antecipação
dos votos. "Fomos contra a abertura do processo e somos contra a
expulsão", disse. "Não anteciparemos voto, mas é impossível,
com o que foi dito até aqui, propor uma pena dessa magnitude."
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