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Senado apóia desfecho, e deputado
diz estar "preocupado" com Planalto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Senadores ouvidos ontem afirmaram que o recuo do governo
foi a medida mais acertada. O presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), disse que o país
""deu uma prova de maturidade"
no episódio do jornalista norte-americano Larry Rohter.
Sarney deu a declaração após
saber da decisão do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva de reconsiderar a suspensão do visto do
correspondente do ""New York
Times". ""Todos devemos ficar satisfeitos com esse desfecho. (...)
Ficou claro, em primeiro lugar,
que é preciso ter muito cuidado
com os assuntos relacionados à liberdade de imprensa. O presidente revelou sua justa indignação, o
Executivo reagiu, o Legislativo
pressionou, o Judiciário funcionou, e o país, no final, deu uma
prova de maturidade."
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que Lula, com a decisão anunciada ontem, interrompeu ""uma seqüência de equívocos". ""O presidente
deu um basta a um círculo vicioso
que o estava aprisionando. Ele cometeu uma seqüência de equívocos e parou de errar. O sentimento da nação é de alívio."
O senador Tião Viana (PT-AC),
que defendeu na Casa a cassação
do visto, também comemorou.
""Recebo a notícia com felicidade e
alegria, porque o sentimento do
perdão é infinitamente mais belo
do que o da mágoa", disse.
Os deputados também elogiaram o recuo do governo, mas disseram estar "preocupados" com a
forma que as decisões são tomadas no Palácio do Planalto.
"Espero que fique uma lição do
episódio. Fica em todos nós, independentemente de ser base aliada
ou oposição, a preocupação
quanto à qualidade do processo
de decisão do presidente Lula",
disse o líder do PSDB, deputado
Custódio Mattos (MG).
RAQUEL ULHÔA E FERNANDA KRAKOVICS
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