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Cúpula conquista redutos de Sarney
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A cúpula do PMDB, aliada aos
tucanos e com o apoio do governo, trabalhou nos últimos 15 dias
para obter votos e garantir apoio à
coligação com o PSDB na eleição
presidencial e diz contar com
69,5% dos votos. Nos últimos dois
dias, os governistas conseguiram
mudar a posição de dois Estados
estratégicos -Amapá e Maranhão-, liderados pelo senador
José Sarney (PMDB-AP).
Magoado com a atuação do governo na derrocada da candidatura de Roseana Sarney (PFL-MA)
ao Planalto, o ex-presidente é
contra a coligação com o presidenciável José Serra, mas liberou
seus aliados no dois Estados a
participarem da convenção e votarem a favor da aliança.
No acordo, para garantir um
palanque a Serra no Maranhão, a
cúpula do PSDB propôs retirar a
candidatura ao governo do deputado Roberto Rocha, passando a
apoiar o governador José Reinaldo, que substituiu Roseana e quer
continuar no Palácio dos Leões.
Rocha disse que líderes tucanos
tentaram convencê-lo a deixar a
disputa, mas ele se recusa. O acordo foi costurado pelo deputado
José Sarney Filho com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os senadores João Alberto
(PMDB-MA) e Gilvam Borges
(PMDB-AP) informaram ao presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), a decisão de Sarney. No entanto, o ex-deputado
Paes de Andrade, um dos líderes
do grupo oposicionista, disse que
os convencionais do Maranhão e
Amapá votarão contra a aliança.
Ontem, Sarney declarou que "não
há hipótese nenhuma de a família
Sarney apoiar" Serra: "Acho que
não tem acordo nenhum. E, se tivesse, eu não concordaria".
Segundo Temer, a vitória da
corrente governista do PMDB será "consagradora", superando os
63% dos votos que ele conseguiu
quando foi eleito presidente do
partido no ano passado.
Segundo os governistas, a tese
da coligação do PMDB com os tucanos só não tem o apoio da
maioria dos convencionais em
Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Outros dois Estados -Rondônia
e Mato Grosso- ainda estavam
pendentes de solução. A negociação passava pelo apoio dos tucanos a candidatos do PMDB a governador ou a senador.
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