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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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OUTRO LADO

Empresa critica suspensão e quer direito de defesa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Itautec-Philco, Paulo Setúbal Neto, atribuiu a possível suspensão da licitação de R$ 562,92 milhões em benefício de sua empresa a "algumas pessoas desgostosas" e a "interesses escusos", provavelmente multinacionais, que estariam interessadas em "melar" o negócio, credenciando-se para participar de uma eventual nova disputa.
"Estão querendo abortar uma concorrência legítima. Espero que tenhamos amplo direito de defesa. E vamos exercê-lo tão logo sejamos notificados [desses pareceres contrários à validade da atual licitação]", declarou.
Segundo Setúbal Neto, a licitação, para a qual a Itautec-Philco foi a única empresa a se apresentar, foi realizada num período pré-eleitoral, no qual multinacionais, inseguras com a possibilidade de vitória de Lula, decidiram proteger seu patrimônio e não entraram na disputa.
O presidente da Itautec-Philco disse não ter condições de comentar os 15 itens de irregularidades e falhas apontados no processo licitatório em uma nota técnica elaborada pela CGU (Controladoria Geral da União), pois não havia recebido o documento. "Se houve algo incorreto, não foi da nossa parte", disse Setúbal Neto.
A PF, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não se manifestaria sobre o caso, pois ainda não recebera o parecer da Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça que recomenda a suspensão da licitação atual.


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