DA REVISTA DA FOLHA

No quesito "cabelos", os candidatos se dividem: há os que assumem a mudança, como Carlos Apolinário -que passou de fios brancos a completamente pretos e tirou o bigode- e os que nem tocam no assunto, como Campos Machado, proprietário de um tufo-franja.
"Ele não vai falar do assunto", diz sua assessoria.
Álvaro Dias assume o implante (que já teve diversas fases, do topete ao corte escovinha), mas nega plásticas e aplicação de Botox. "Pareço mais jovem, mas é genético. Meu pai, com mais de 90 anos, não tem cabelo branco." O pai dele tem cabelo.
Orestes Quércia conta que aplica pessoalmente o Grecin, pela manhã, ao fazer a barba. O tom acaju se deve à descoloração da tinta. "Deveria ganhar caixas de Grecin de presente. Sou um garoto propaganda da marca."
Sobre a foto em que Sarney parece mais moço do que Lula, o cabeleireiro Wanderley Nunes diz que tem uma sugestão para o petista. "O Lula deveria escurecer um pouco o grisalho. Não tirá-lo de todo, porque um político tem de passar experiência."
O reflexo indicado para o petista é de "mechas invertidas": demora uma hora e 15, tem de ser refeito a cada 35 dias e custa R$ 130. "Não é claro, como a maioria dos reflexos, e sim escuro, e feito fio a fio. A idéia é refazer em, no máximo um mês, para ficar bem natural."
Carlos Apolinário, o mais assumido dos "cabeça pintada", diz que não frequenta cabeleireiros. Quem tinge seus cabelos é a própria mulher do candidato, em casa.
Ele conta como aconteceu seu processo de rejuvenescimento rápido. "Um dia, quando eu era deputado, me olhei no espelho e não gostei do que vi. Tinha 47 anos, cara de 60. Resolvi fazer um regime, perdi 12 quilos, comprei um guarda roupa novo, tirei o bigode e me sinto dez anos mais jovem", afirma Apolinário, que está com 50. Ele diz se identificar com um comercial em que Vera Fischer rejeita um "namorado" de cabelos brancos. "Quando ele volta com os cabelos pintados ela diz: "Agora você ficou um gatão!'" (PS)


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