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Promotoria pede à PF que investigue caixa 2 em GO
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério Público Eleitoral
de Goiás determinou ontem que a
Polícia Federal abra inquérito para investigar a existência de caixa
dois na campanha eleitoral para
reeleição do ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT), em 2004.
O procurador regional Eleitoral
de Goiás, Hélio Telho, solicitou
que seja encaminhado à Procuradoria Eleitoral do Estado eventuais informações sobre a utilização de recursos não-declarados
nas campanhas de 2002 e 2000
que sejam identificadas durante
as investigações.
Em depoimento ao Ministério
Público de Goiás o ex-diretor do
Controle de Arrecadação de Goiânia, Hélio Moreira Borges, declarou que Adhemar Palocci, irmão
do ministro Antonio Palocci (Fazenda), "administrou o caixa dois
da campanha eleitoral do PT na
eleição de 2002" ao governo de
Goiás. Adhemar foi secretário de
Finanças da Prefeitura de Goiânia
na administração de Pedro Wilson (2001-2004) e desde março de
2005 é diretor da Eletronorte. A
assessoria de imprensa da empresa diz que Adhemar não quis responder as acusações contra ele.
Uma dirigente do diretório estadual do PT-GO disse ontem que
apenas o presidente da sigla, Valdir Camárcio, falaria sobre o assunto, mas ele não foi encontrado
nem respondeu aos recados.
Ontem, o ex-prefeito de Goiânia
Pedro Wilson (PT) negou que tenha ocorrido um esquema de caixa dois em sua campanha. Ele diz
que houve falta de recursos e que
contraiu dívidas de R$ 1,7 milhão.
Sobre Adhemar, disse que ele não
participou da campanha de 2002,
mas sim da de 2004. Porém, sem
atuar na área financeira.
Interbrazil
Sobre ter recebido doações de
campanha do empresário André
Marques, dono da seguradora Interbrazil, o ex-prefeito disse que
"em princípio" não recebeu recursos, mas que pediu que a informação fosse checada pela
coordenação financeira de sua
campanha.
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