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Para Temer, costura de Lula com PMDB ocorre de forma equivocada
Isolado de conversas com petista, deputado reclama do fortalecimento de Jader
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer, reclamou ontem que as negociações
do governo Lula pelo apoio do
partido no segundo mandato
"caminham em um passo equivocado", cujo norte é a "repetição de erros do passado".
"As coisas estão caminhando
em um passo equivocado porque está se abandonando a institucionalidade nas conversações, que têm sido de natureza
pessoal", afirmou Temer.
O presidente Lula tem conversado reservadamente com
lideranças do PMDB, que elegeu a maior bancada da Câmara
(89 deputados) e poderá repetir o cenário no Senado à época
da diplomação, com 20 vagas.
A queixa de Temer foi interpretada por peemedebistas
próximos do governo como
uma reação ao "isolamento"
das conversas com Lula. Nos
bastidores, Temer tem reclamado especialmente do fortalecimento de Jader Barbalho
(PA), um dos cotados para presidir a Câmara e suceder Temer
na direção da sigla.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
disse que "é utópico uma corrente [do partido] achar que
pode ser interlocutora da outra
corrente". "Quando o presidente entender que chegou o momento de chamar o PMDB como um todo, ele chamará."
No início do primeiro mandato, Temer atuou na costura
do apoio, conduzida por José
Dirceu (PT). Com a divisão do
PMDB, Temer assumiu o papel
de líder da ala oposicionista.
Ontem, disse que, por não ter
sido chamado ao Planalto por
Lula, não via o PMDB "institucionalmente convocado" e que
declarava sua posição de "independência absoluta".
Depois da reação negativa de
Temer, Lula decidiu marcar a
conversa com o presidente do
PMDB. O encontro deve ser
amanhã.
(SILVIO NAVARRO)
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