Governistas querem investigação sobre telefonia e ocupação de terras; oposição mira acidente no metrô

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem bem o deputado estadual José Carlos Vaz de Lima (PSDB) havia sido eleito ontem à tarde presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, com 90 dos 94 votos da Casa, e a base do governo já travava no plenário uma batalha com a oposição em busca de assinaturas para a instalação de CPIs.
Com ampla maioria, os governistas planejam protocolar hoje pela manhã pedidos de CPI que não tenham como alvo o governo atual de José Serra (PSDB) ou o anterior de Geraldo Alckmin, também tucano.
De acordo com o regimento, apenas cinco comissões podem funcionar ao mesmo tempo.
Dentre os temas estão: telefonia, ocupação irregular de terras no Pontal do Paranapanema pelo MST, pirataria e arbitragem no futebol.
Já os petistas querem investigar o acidente na linha 4 do metrô de SP e a privatização da Eletropaulo -CPI iniciada na legislatura encerrada ontem.
O deputado Major Olímpio (PV), com o apoio dos 20 petistas, obteve 34 assinaturas para instalar uma CPI que tenha como tema a segurança pública e o sistema prisional. O pedido também será protocolado hoje.
Na legislatura anterior, 70 pedidos de CPI foram feitos, mas só duas foram instaladas.
A vitória folgada de Vaz de Lima reflete as condições favoráveis a Serra na Assembléia. Apenas os 20 deputados do PT e dois do PSOL farão oposição.
A vaga de primeiro-secretário ficou com o petista Sebastião Almeida. A segunda secretaria foi assumida por Edmur Chedid, (PD); a terceira ficou com Vanessa Damo (PV); a quarta, com Maria Lúcia Prandi (PT); a primeira vice-presidência, com Waldir Agnelo (PTB); a segunda, com Luis Carlos Gondim (PPS).
Em meio à cerimônia de posse, Serra enviou para a Assembléia o comunicado de que Barros Munhoz (PSDB) será o líder de seu governo na Casa. O PT terá como líder Simão Pedro.
Com a definição da Mesa, a disputa agora será pelo controle das comissões. (JOSÉ ALBERTO BOMBIG E LILIAN CHRISTOFOLETTI)

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