São Paulo, sábado, 16 de maio de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MINAS GERAIS
Continua a punição aos grevistas

FÁBIA PRATES
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Em Minas Gerais, estopim da onda de greves da PM no ano passado, a punição aos policiais militares ainda não acabou. Dos PMs grevistas, 30 foram expulsos e 2.000 respondem a processos administrativos.
Entre 13 e 26 de junho de 97, a PM de Minas viveu a primeira e grande crise de sua história, quando os não-oficiais foram para as ruas reivindicar reajuste salarial. O movimento foi pioneiro de uma série de outras paralisações pelo país. Um policial, baleado durante o protesto, morreu.
Hoje o salário de ingresso na PM no Estado é de R$ 615, R$ 200 a mais do que o pago antes da greve.
Além do aumento do salário, os revoltosos pediam também maior participação nas decisões da PM, antes restrita aos oficiais, e menos rigor nas punições para os policiais que cometerem infrações.
O pedido foi atendido. Os não-oficiais participaram nos últimos meses da elaboração do novo regimento da corporação.
O documento está sendo analisado pela cúpula da PM e será submetido ao governador Eduardo Azeredo (PSDB), antes de entrar em vigor. Depois da greve, houve mudanças na cúpula da polícia.
As associações de classe da PM mineira descartam de imediato a realização de greves, mas não escondem que o salário ainda não é o ideal para os policiais.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.