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MINAS GERAIS
Continua a
punição aos
grevistas
FÁBIA PRATES
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Em Minas Gerais, estopim da
onda de greves da PM no ano passado, a punição aos policiais militares ainda não acabou. Dos PMs
grevistas, 30 foram expulsos e
2.000 respondem a processos administrativos.
Entre 13 e 26 de junho de 97, a
PM de Minas viveu a primeira e
grande crise de sua história, quando os não-oficiais foram para as
ruas reivindicar reajuste salarial.
O movimento foi pioneiro de uma
série de outras paralisações pelo
país. Um policial, baleado durante
o protesto, morreu.
Hoje o salário de ingresso na PM
no Estado é de R$ 615, R$ 200 a
mais do que o pago antes da greve.
Além do aumento do salário, os
revoltosos pediam também maior
participação nas decisões da PM,
antes restrita aos oficiais, e menos
rigor nas punições para os policiais que cometerem infrações.
O pedido foi atendido. Os não-oficiais participaram nos últimos
meses da elaboração do novo regimento da corporação.
O documento está sendo analisado pela cúpula da PM e será submetido ao governador Eduardo
Azeredo (PSDB), antes de entrar
em vigor. Depois da greve, houve
mudanças na cúpula da polícia.
As associações de classe da PM
mineira descartam de imediato a
realização de greves, mas não escondem que o salário ainda não é
o ideal para os policiais.
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