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MATO GROSSO DO SUL
Aumento de
oficiais quase
causa crise
RUBENS VALENTE
da Agência Folha, em Campo Grande
Uma proposta feita por oficiais
da Polícia Militar, que acarretaria
aumento salarial diferenciado na
corporação, quase provocou uma
nova greve no Mato Grosso do Sul.
O presidente da Associação dos
Cabos e Soldados da PM no Estado, José Florêncio Mello, disse que
a retirada da proposta, apresentada há cerca de um mês, evitou
uma paralisação quase certa.
Os cerca de 200 oficiais reivindicavam reajuste desde a última greve dos cabos e soldados, porque
julgavam-se prejudicados. Para
encerrar a paralisação, que durou
cinco dias em outubro, o governo
reajustou a etapa-alimentação,
que é a mesma para todos na PM.
Embora para os 4.200 cabos e
soldados o reajuste da etapa -que
passou de R$ 70 para R$ 255- tenha representado um aumento de
mais de 60% no salário final, pouco significou para os oficiais, que
passaram a articular um movimento por novo reajuste.
O impasse do mês passado foi
resolvido com a decisão do governo em reajustar o piso da categoria. Com isso, o salário de soldado
cresceu 11%, enquanto o médio de
um oficial aumentou de 16 a 17%.
Mello disse que o reajuste é insuficiente para contentar a tropa,
embora reconheça que não há
mais clima para uma paralisação.
Nenhum representante do Clube
dos Oficiais foi encontrado para
falar sobre o assunto.
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