São Paulo, sábado, 16 de maio de 1998

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MATO GROSSO DO SUL
Aumento de oficiais quase causa crise

RUBENS VALENTE
da Agência Folha, em Campo Grande

Uma proposta feita por oficiais da Polícia Militar, que acarretaria aumento salarial diferenciado na corporação, quase provocou uma nova greve no Mato Grosso do Sul.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM no Estado, José Florêncio Mello, disse que a retirada da proposta, apresentada há cerca de um mês, evitou uma paralisação quase certa.
Os cerca de 200 oficiais reivindicavam reajuste desde a última greve dos cabos e soldados, porque julgavam-se prejudicados. Para encerrar a paralisação, que durou cinco dias em outubro, o governo reajustou a etapa-alimentação, que é a mesma para todos na PM.
Embora para os 4.200 cabos e soldados o reajuste da etapa -que passou de R$ 70 para R$ 255- tenha representado um aumento de mais de 60% no salário final, pouco significou para os oficiais, que passaram a articular um movimento por novo reajuste.
O impasse do mês passado foi resolvido com a decisão do governo em reajustar o piso da categoria. Com isso, o salário de soldado cresceu 11%, enquanto o médio de um oficial aumentou de 16 a 17%.
Mello disse que o reajuste é insuficiente para contentar a tropa, embora reconheça que não há mais clima para uma paralisação.
Nenhum representante do Clube dos Oficiais foi encontrado para falar sobre o assunto.



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