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ALAGOAS
Greve será
decidida
no dia 28
ARI CIPOLA
da Agência Folha, em Maceió
O presidente da Associação dos
Oficiais da Polícia Militar de Alagoas, major Paulo Roberto Nunes
Calaça, 36, disse ontem que não
teme as ameaças de punição feitas
pelo comando da corporação.
Segundo Calaça, a associação vai
continuar com o movimento que
reivindica melhores salários para a
tropa de 8.000 homens. No próximo dia 28, uma assembléia pode
decidir pela greve.
No início da semana, o comando
prendeu disciplinarmente o vice-presidente da entidade, major
Jean Paiva, acusado de ter divulgado as reivindicações dos policiais e
demais servidores do Estado sem
autorização superior.
Ontem, Calaça foi notificado de
uma futura punição disciplinar.
Ele terá três dias para se defender.
O comando informou que seguirá
com as punições enquanto as
"normas internas continuarem
a ser desrespeitadas".
Segundo Calaça, que considera
os salários pagos pela PM de Alagoas "irrisórios", um soldado recebe R$ 350 e um coronel, R$
2.100. Calaça diz que o Estado paga
os salários atuais em dia, mas há
salários atrasados do governo anterior que deixaram de ser pagos.
"Com essas parcelas atrasadas e
com os salários congelados há
quatro anos, a possibilidade de
greve existe, pois há uma insatisfação geral na tropa", disse à Agência Folha.
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