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BAHIA
Soldados são
intimidados
com ameaças
da Agência Folha, em Salvador
O comando da PM baiana "intimida" os soldados descontentes
com os salários com ameaça de expulsão de policiais da corporação,
sob a alegação de indisciplina.
A afirmação é do presidente da
Associação de Cabos e Soldados
do Estado, Oscar Pires, expulso da
PM há seis meses, depois da realização de assembléias para votar
indicativo de greve.
Segundo o comandante da Polícia Militar na Bahia, coronel Antonio de Souza Filho, não há exclusões arbitrárias. "A polícia deve
trabalhar na defesa da sociedade e
não contra ela. O que estamos fazendo é moralizar a corporação,
excluindo soldados sem condições
de assumir suas funções."
Neste ano houve 198 exclusões
de PMs acusados de envolvimento
em crimes. "Somos favoráveis à
demissão de policiais envolvidos
em crime, mas o comando está expulsando soldados que cumprem
bem a função apenas por questões
políticas", disse Pires.
Segundo ele, 70% das exclusões
foram motivadas por repercussão
na mídia. "Se a opinião pública fica contra um PM que matou um
marginal em serviço, o comando
logo providencia sua expulsão."
Embora insatisfeita com os salários, a PM baiana não deve entrar
em greve, diz a associação. A PM
dispõe de 24 mil praças e oficiais
na Bahia. Segundo Pires, os salários dos praças variam de R$ 450 a
R$ 600, incluindo gratificações.
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