ESTANISLAU MARIA
da Agência Folha, em Florianópolis

Os policiais civis e militares de Santa Catarina ainda não receberam o 13º salário do ano passado. Embora não haja sinal de greves iminentes nos quartéis e delegacias, o descontentamento com o atraso vem crescendo.
O governo do Estado teve déficit no ano passado e não conseguiu pagar R$ 80 milhões do 13º dos funcionários que ganham acima de R$ 500, cerca de 40% do funcionalismo, incluindo policiais e professores.
O governador Paulo Afonso Vieira (PMDB) assumiu que houve problemas de caixa e tenta vender parte das ações da estatal de água e esgoto para saldar a dívida com o funcionalismo.
A insatisfação não é pior na área da segurança porque o governo atendeu a maior parte das reivindicações que levaram os policiais aos protestos de julho de 1997. Os policiais conquistaram o direito a adicional noturno, horas extras e gratificações.
Segundo a Associação dos Subtenentes e Sargentos, há preocupação e expectativa pelo 13º, mas os PMs esperam as negociações.
Os escrivães, investigadores e peritos civis, também com 13º atrasado, ainda lutam pela equiparação aos salários de delegados.
Os delegados conseguiram isonomia com os procuradores e tiveram o salário-base aumentado de R$ 1.450 para R$ 4.380.



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