São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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OUTRO LADO

Prefeitura nega ação eleitoreira

DA REPORTAGEM LOCAL

As realizações da Prefeitura de São Paulo, segundo a Secretaria de Comunicação, não têm relação direta com o calendário eleitoral e com a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
"As obras e serviços fazem parte do que havia sido programado para ser entregue ou posto em prática ao longo de 2002", diz o secretário José Américo Dias. "Depois de um ano arrumando a casa, a prefeitura começa a mostrar o seu trabalho."
Segundo o porta-voz da prefeitura, o marqueteiro Duda Mendonça não tem participação nos anúncios do poder municipal veiculados atualmente na TV.
Mendonça mantém contato com a gestão petista, informa Dias, para ter idéia do que está sendo feito e poderia ser utilizado como realizações do governo do PT no programa eleitoral do candidato do partido à Presidência.
Os responsáveis pelas peças publicitárias, de acordo com a prefeitura, são as agências que venceram a licitação para o serviço: Agnelo Pacheco, PG Comunicação e Markplan, que atuam em regime de consórcio.
Não há nenhuma intervenção de Duda Mendonça, segundo o secretário de Comunicação. Os responsáveis pelo consórcio foram procurados pela Folha para falar sobre o assunto, mas preferiram não se pronunciar.
O mesmo ocorreu com o marqueteiro da campanha de Lula, que informou, por meio da sua assessoria em São Paulo, que não falaria sobre o tema.
Os gastos com publicidade, de acordo com a prefeitura, são necessários para que os cidadãos saibam o que a gestão de Marta Suplicy tem realizado.
"Precisamos informar em que está sendo aplicado o dinheiro", afirma Dias. "Muitas pessoas não sabem que têm direito a vários serviços públicos, como o transporte escolar gratuito para crianças, por exemplo. Com a comunicação, nós mostramos isso", declara o secretário.
As realizações da prefeitura paulistana, na avaliação de Dias, podem até ajudar os candidatos do PT, mas não têm sido apresentadas com esse objetivo.
Segundo o secretário de Comunicação, as obras dos piscinões, contestadas pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo), começaram a ser feitas sem concorrência pública por causa da situação de emergência de combate às enchentes.
A prefeitura afirma que a licitação para a construção dos "escolões" obedece totalmente à lei e não há motivo para ela ser barrada na Justiça, como quer o mesmo sindicato de empreiteiros.



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