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São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2003

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"Advogado militante", Cravo é filiado ao PT

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo ouvidor das polícias, Itajiba Farias Ferreira Cravo, define-se como um advogado militante. Nos 18 anos de profissão, fez mais de cem sustentações orais como assistente de acusação em julgamentos envolvendo violência policial e também teve participação em casos polêmicos, como a apuração da morte de Fernando Ramos da Silva, que interpretou Pixote no cinema.
Recém-formado em direito na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Cravo fez sua primeira sustentação oral no Tribunal do Júri no caso do cabo Bruno. O ex-PM Florisvaldo de Oliveira foi condenado por homicídios ocorridos no início dos anos 80, principalmente na zona sul de São Paulo.
Na mesma época, Cravo filiou-se ao PT, partido ao qual continua ligado. Ele diz que, de 1986 a 93, quando atuou como advogado contratado da ONG Centro Santo Dias de Direitos Humanos, fizera uma média de uma sustentação oral por semana na Justiça Militar ou no Tribunal do Júri, sempre em processos de violência policial.
No caso Pixote, Cravo ajudou na discussão da legitimidade da instância de julgamento -a Justiça comum só foi considerada adequada para julgar crimes dolosos contra a vida praticados por PM a partir de 1996.
Quando recebeu o convite para o mandato de ouvidor, o advogado chefiava o setor jurídico do Anhembi, da Prefeitura de São Paulo.



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