|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRIVATIZAÇÃO
Concorrentes fazem depósito da garantia de R$ 78,49 milhões que os habilita a participar de leilão hoje
Cinco empresas podem disputar Elektro
CLÁUDIA TREVISAN
da Reportagem Local
Cinco empresas depositaram garantias para participar hoje do leilão de privatização da Elektro, que
ficou com a área de distribuição de
energia da Cesp (Companhia
Energética de São Paulo).
A empresa deve ser disputada
pela CPFL (Companhia Paulista
de Força e Luz), Escelsa (Centrais
Elétricas do Espírito Santo), EDP
(Eletricidade de Portugal) e as
norte-americanas Enron e GPU.
O leilão será às 9h na Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo).
Cada uma das cinco empresas depositou garantia equivalente a R$
78,49 milhões.
O valor representa 10% do mínimo que o vencedor do leilão terá
de desembolsar na compra da empresa: R$ 743,6 milhões do preço
mínimo das ações que serão vendidas hoje mais R$ 41,3 milhões
relativos ao deságio de 50% nas
ações que serão oferecidas aos empregados da Elektro.
Hoje, o governo do Estado vai
vender 63,99% das ações ordinárias da empresa. As ações ordinárias são as que dão direito a voto.
A propriedade da maioria delas
define o controle da companhia.
Outros 10% de ações ordinárias
serão vendidas aos empregados,
num processo que só deve estar
concluído em setembro.
Favorita
A CPFL, privatizada no ano passado, é vista como uma das favoritas da disputa. A empresa é controlada pelo consórcio VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo
Corrêa), que pretende se fortalecer na área energética no Estado.
Um dos principais atrativos da
Elektro para a CPFL é a possibilidade de unificar a operação das
duas empresas, com a consequente redução de custos.
A Folha apurou que a CPFL não
acredita que haverá um ágio expressivo no leilão. Na avaliação de
sua direção, o preço mínimo de R$
734,6 milhões já é elevado.
A Elektro será a última empresa
de energia elétrica a ser privatizada no atual governo, num processo conduzido pelo secretário da
Energia, Andrea Matarazzo.
Até agora, foram vendidas a
CPFL e a Eletropaulo Metropolitana. Matarazzo afirma que a área de
geração de energia da Cesp não será privatizada neste ano.
A CPFL alcançou ágio de aproximadamente 70% e foi vendida por
R$ 3,5 bilhões em 97. A Metropolitana foi vendida pelo preço mínimo, R$ 2,026 bilhões, em abril.
A Elektro atua em 228 cidades no
Mato Grosso do Sul e sul, noroeste
e litoral do Estado de São Paulo.
Além dos R$ 784,9 milhões do
preço mínimo e do deságio dos
empregados, o comprador terá de
comprar as ações que não forem
adquiridas pelos acionistas minoritários da Cesp.
Minoritários
Os minoritários detêm 26,01%
de ações ordinárias da Cesp e poderão comprar o mesmo percentual em ações da Elektro.
O prazo para os minoritários da
Cesp manifestarem o interesse pelas ações da Elektro termina em 18
de agosto. Eles terão de pagar o
mesmo valor que será oferecido
pelo vencedor do leilão de hoje.
As ações que não forem compradas terão de ser adquiridas pelo
novo dono da Elektro.
As empresas serão representadas no leilão pelas seguintes corretoras: Bradesco (CPFL), Novação
(Enron), Brascan (GPU), Real
(Escelsa) e Fonte Cindam (EDP).
Colaborou
João Carlos de Oliveira, editor do
Painel S/A
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|