São Paulo, quinta, 16 de julho de 1998

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Previsões se mostraram muito otimistas

da Reportagem Local

As previsões do ex-secretário da Energia de São Paulo David Zylbersztajn sobre a privatização de empresas elétricas se mostraram demasiadamente otimistas.
Em novembro do ano passado, Zylbersztajn afirmava que o Estado privatizaria a maioria das empresas do setor até maio de 98 e estimava que a arrecadação seria, no mínimo, de R$ 14,2 bilhões.
Por enquanto, só foram vendidas a CPFL, por R$ 3,5 bilhões, e a Eletropaulo Metropolitana, privatizada em abril, pelo preço mínimo de R$ 2,026 bilhões.
O governo enfrentou uma série de problemas para implementar o cronograma fixado em 97.
O primeiro deles, ainda não superado, é a ausência de regulamentação completa do setor elétrico pelo governo federal, que provocou o adiamento do leilão das usinas do rio Pardo, que deveria ocorrer em janeiro. O mesmo problema está atrasando a privatização das outras usinas da Cesp, que deveria ocorrer em julho.
Outro empecilho foi o veto da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ao modelo de privatização da Elektro. O fato levou ao cancelamento do leilão, marcado inicialmente para 18 de março.
Também houve problemas na venda da Eletropaulo, que teve sua área de distribuição de energia dividida em duas: Metropolitana e Bandeirante. Só um comprador apresentou oferta para a Metropolitana. O caso da Bandeirante foi pior: ninguém se interessou pela empresa. Zylbersztajn acreditava que ambas poderiam ser vendidas por cerca de R$ 5 bilhões. (CT)


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