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OUTRA VISÃO
Segundo o Exército,
crítica é ultrapassada
da Sucursal de Brasília
O Exército considera ultrapassadas as críticas de McCann ao
sistema de ensino da Força. Motivo: uma reforma nos currículos
praticamente extinguiu, em 96, o
sistema que, na opinião do historiador norte-americano, deliberadamente tolhia a liberdade de
pesquisa dos cadetes.
A "reengenharia pedagógica"
no Exército impôs aos seus militares exigências típicas do mundo
dos civis. Exemplo: cada vez mais
conhecimentos nas áreas de informática e ciências humanas e
obrigatoriedade de aprendizado
de uma língua estrangeira.
Outra exigência é o plano de leituras obrigatórias, com historiadores como a norte-americana
Barbara Tuchman, autora de "Os
Canhões de Agosto" e "A Torre
do Orgulho" -um clássico que
se propõe a explicar os fatos do final do século 19, "para entender o
século 20".
O principal responsável pela
reengenharia foi o atual comandante da Força e ex-ministro
Gleuber Vieira, 65, no período
que passou à frente do Departamento de Ensino e Pesquisa do
Exército (95 a 97). Ele costuma dizer que a nova estrutura de ensino
é para "cuidar dos bíceps, do cérebro e do coração" dos militares.
A reforma curricular enfatiza
cada vez menos a presença física
nas aulas e valoriza cada vez mais
a pesquisa. Valoriza também a interação com universidades civis
(o Exército firmou convênios
com instituições como a Unicamp) e espera que os os alunos
ajam "menos pela automatização
e mais pela percepção e educação" que recebem.
O ensino do Exército se divide
em três áreas: a de formação e
aperfeiçoamento, que se prolonga
com cursos de reciclagem e de altos estudos, os cursos de especialização e a área "assistencial" -os
colégios militares.
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