São Paulo, Segunda-feira, 16 de Agosto de 1999
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MST promove manifestação

da Agência Folha, em Belém

Cerca de 700 sem-terra estão acampados em Belém preparados para uma manifestação que marcará o primeiro dia de julgamento dos 150 policiais militares acusados de envolvimento no massacre de Eldorado do Carajás.
Dos assentamentos e acampamentos do MST no sul do Pará, dez ônibus chegaram a Belém entre sexta-feira e ontem. Sem-terra de outras invasões do norte do Estado estão se juntando a eles.
Duas manifestações estavam sendo preparadas para hoje. Parte dos manifestantes se reunirá em frente ao local do julgamento na Unama (Universidade da Amazônia), onde cerca de 100 famílias já estavam acampadas ontem.
Outra parte, acompanhada de manifestantes ligados a movimentos sociais, virá em passeata da Basílica de Nazaré até o local do julgamento, distante cerca de um quilômetro. A coordenação espera reunir 2.000 pessoas.
A Apomi (Associação dos Policiais Militares e Bombeiros do Pará) também pretende fazer uma manifestação na porta do local do julgamento, mas não estimou o número de participantes.
Uma das principais testemunhas de acusação do massacre de Eldorado do Carajás, a jornalista Mariza Romão, não deve comparecer ao primeiro dia do julgamento. Ela era repórter da TV Liberal na ocasião e presenciou os primeiros minutos do confronto.
Segundo a advogada de Mariza, Damares Alves, até ontem não havia sido depositada nenhuma ajuda de custo para o transporte da jornalista de Brasília, onde atualmente mora, para Belém.


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