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Produtor do
Centro-Oeste
quer perdão
do enviado especial a Goiânia
O caminhonaço dos agricultores mobilizou no Centro-Oeste
grandes e médios produtores rurais, que decidiram assumir o
controle de suas carretas para tentar aprovar o perdão de 40% das
dívidas bancárias.
Eles reconhecem que ainda possuem um patrimônio apreciável,
mas lamentam que tudo tenha sido hipotecado ao Banco do Brasil
como garantia de pagamento.
"Quem produz alimentos não é
caloteiro", afirma a faixa que o fazendeiro Eliezer Alves Carvalho,
55, colocou em sua carreta, um
dos bens que integram seu patrimônio avaliado por ele próprio
em R$ 4 milhões.
"Já paguei R$ 3 milhões ao banco, ainda devo mais R$ 1 milhão e
não tenho como pagar." Como líder sindical, Carvalho convenceu
seus colegas de Guiratinga (MT),
a 350 km de Cuiabá, a participarem do protesto, dirigindo seus
próprios caminhões.
Em 1995, os produtores de Guiratinga participaram do protesto
organizado para rolar as dívidas
do crédito rural.
"Conseguimos muito pouco e
agora estamos de volta para o novo protesto", afirmou o agricultor
Vilson Logrado, amigo de Carvalho.
Dono de 2.000 hectares em Sinop (norte de Mato Grosso), o
agricultor Natalino Robin Piccin,
51, já percorreu 2.000 km desde
quarta-feira.
O motivo, disse ele, é não perder
o patrimônio de R$ 500 mil que
consolidou em 27 anos de atividades agrícolas.
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