|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Maluf afirma que patrulhamento
gerou apoio de coronel a Alckmin
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PPB à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, afirmou ontem que o comandante-geral da Polícia Militar, coronel
Rui César Melo, é seu amigo e que
o oficial só manifestou seu apoio
ao tucano Geraldo Alckmin devido a um suposto patrulhamento
do governo sobre a corporação.
""Comandante é um cargo de
confiança. Imagine se ele, que foi
tenente-capitão comigo (no governo), montava a cavalo comigo,
iria ter coragem de dizer que vai
votar no amigo Paulo Maluf, que é
o maior amigo da PM. Ia para o
olho da rua", declarou.
Procurado pela Folha, o coronel
disse não se lembrar do cargo que
ocupou durante o período em que
Maluf esteve no governo e se recusou a comentar as declarações do
ex-prefeito. ""Ele pode dizer o que
quiser. Vivemos em uma democracia", afirmou o coronel.
Anteontem à noite, Melo defendeu o apoio a Alckmin na presença de aproximadamente cem oficiais da PM, reunidos em um hotel da capital para uma palestra do
candidato tucano.
Policiais ouvidos pela Folha declararam que foram ""convidados
por seus comandantes" a participar do evento comandado pelo
comandante-geral da PM.
""O governo do Estado praticou
um grave crime eleitoral porque
policial militar, quando é convocado e não vai, se arrisca a sofrer
uma punição. E, enquanto os policiais estavam no hotel cinco estrelas ouvindo o candidato tucano, é evidente que as ruas estavam
desertas de policiais", completou
o pepebista, que disse esperar que
seus advogados entrassem na Justiça contra o governo do Estado
por causa do episódio.
Atrasado para o início de sua
carreata pela zona sul da cidade,
Maluf foi substituído no trajeto,
durante uma hora, por seu assessor Marco Antônio Costa, que
acenou para o público.
Texto Anterior: São Paulo: PFL, com ajuda do Planalto, arma estratégia para sustentar Tuma Próximo Texto: Guarulhos: Candidato à reeleição enfrenta o 6º processo de impeachment Índice
|