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Oposição questionará Mantega sobre R$ 10 bi que reforma tira do Orçamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os congressistas da oposição
pretendem questionar hoje o ministro Guido Mantega (Planejamento) sobre a ausência de quase
R$ 10 bilhões no projeto de lei do
Orçamento de 2004. Mantega esclarecerá as dúvidas dos membros da Comissão Mista de Orçamento sobre a programação para
o ano que vem e sobre o Plano
Plurianual 2004-2007.
Esses quase R$ 10 bilhões sairão
do Orçamento por quatro vias, segundo o vice-líder do PFL na Câmara, Pauderney Avelino (AM):
1) R$ 6 bilhões para o Fundo de
Compensação das Exportações,
aprovado na reforma tributária
para compensar Estados pela retirada do ICMS das exportações;
2) R$ 1,8 bilhão da partilha da
Cide (contribuição sobre o consumo de combustíveis) com Estados e municípios. Também foi
um dos pontos da reforma;
3) R$ 1,7 bilhão para o Fundo de
Desenvolvimento Regional, outro
ponto da reforma;
4) R$ 200 milhões destinados a
um fundo para o Distrito Federal.
Mantega disse na semana passada que o Orçamento foi calculado com base no projeto original
da reforma tributária e que, com
as mudanças, o texto do projeto
de lei terá mesmo que ser revisto.
A preocupação dos líderes de
partidos é que a acomodação dessas novas despesas terá de ser feita
num Orçamento apertado. Embora as receitas sejam de R$ 402,2
bilhões, R$ 30,2 bilhões estão condicionados à aprovação das reformas e à prorrogação da alíquota
de 27,5% no Imposto de Renda.
O governo ainda terá que lidar
com pressões pelos reajustes do
funcionalismo e do salário mínimo. Pelo projeto de lei, Pauderney
Avelino calcula que o mínimo
passará de R$ 240 para R$ 272 a
partir de maio, um reajuste de
13,3%. O salário dos servidores
aumentaria apenas 1,87% a partir
de janeiro.
(SÍLVIA MUGNATTO)
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